As taxas
Em meio aos debates que começam a se tornar mais intensos nas ruas sobre fim de ano, Natal, Carnaval, típicos do período, os populares repetem os anos anteriores, bravos com os valores de taxas que compõem os carnês de IPTU, como por exemplo a de limpeza e a de sinal de TV. São diárias as reclamações a respeito de algumas áreas nos bairros como o Armour, São Paulo, Bela Vista, Vilson, Tabatinga, onde os sinais de TV não chegam. Para assistir canais abertos só quem tem parabólica. São queixas dos moradores dos mais diversos pontos de Livramento.
Em verdade, os carnês de IPTU saíram em dezembro, como era de se esperar, mas as taxas – associadas ao aumento da taxa de água aprovada pela Câmara de Vereadores – gera muita indignação. É o que este fim de ano está retratando.
A questão é mais ampla.
O primeiro ponto é que o cidadão se ressente da falta dos serviços públicos de forma mais presente em seu cotidiano. Isso vale para a lâmpada que está há meses estragada, para a falta de água que os moradores indicam ocorrer todos os sábados no Armour e circunvizinhanças, para a grama da rua que virou arbusto, para o meio fio que há anos não recebe pintura, para os buracos nas ruas, para o cascalho grande e sem firmeza colocado em algumas vias nos bairros e também nos dois casos mencionados.
É preciso que o gestor tenha o entendimento do pensamento popular, antes de tornar realidade valores a mais nas taxas a serem pagas pelos contribuintes. No caso das TVs, no mínimo, deveriam ser disponibilizados todos os canais abertos para que exista a cobrança da taxa. É a lógica.
É o processo de empatia. O estado de empatia, ou de entendimento empático, consiste em perceber corretamente o marco de referência interno do outro com os significados e componentes emocionais que contém, como se fosse a outra pessoa, porém sem perder nunca essa condição de “como se”. A empatia implica, por exemplo, perceber as causas do outro como ele a percebe, porém sem perder nunca de vista que se trata da dor ou do prazer do outro.
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