As subas

O dinheiro de plástico – cartões de vários tipos, gêneros, etc… – continua sendo preferido em escala neste período. É a tentativa que existe de buscar fazer as aquisições do período, em que pese o fluxo de recursos – dinheiro circulando, nas compras à vista em espécie – parece estar estagnada ou ter uma ligeira redução. Os mais antigos lembram da expressão que intitula este texto: “as subas são diárias” – em referência aos aumentos nos tempos de inflação galopante vivenciados pelo Brasil.

Na prática, a redução do poder de consumo, pelo aumento de preços dos produtos, gêneros, mercadorias, etc… está sendo sentida. Outra questão é o aumento da inadimplência, que segundo os especialistas, subiu. A inadimplência do consumidor brasileiro subiu e agora todos correm para sair dela a fim de realizar as compras de Natal.

No dia a dia e as donas e donos de casa podem confirmar, os preços dos produtos, mercadorias, bens e serviços são maiores, registrando, inclusive aumentos quinzenais. A inflação, na prática voltou, mesmo que os números digam o contrário. Os juros, seja de cheques especiais, de empréstimos, da atualização das multas e correções, são altos. Qual o motivo disso? Como aumentar o consumo com preços subindo? Essas são perguntas que jamais calarão e, além das diversas explicações técnicas, há uma que por mais real que se apresente confirma-se como incompreensível: o Brasil é o pais onde estão fixados os mais altos juros do planeta, onde o custo do dinheiro é muito alto, onde ainda há risco de inflação declarada por trás da estabilidade econômica, onde a volatilidade da economia prejudica o social.

Claro que com dinheiro mais barato, ou seja, juros mais baixos, seria mais ágil e rápido o crescimento econômico – dependendo de alguns elementos inclusive de políticas setoriais, enfim… Claro que a presidente Dilma quer que os juros sejam mais baixos, quem sabe chegando ao mítico estabelecido pela Constituição: 1% ao mês (algo que, ao que se saiba, nunca deve ter ocorrido).

Há uma outra questão, além de tudo isso. Existe e é fato o que se poderia chamar de desgaste ou desvalorização do Real no que tange ao seu poder de compra. Basta fazer aquele velho comparativo: há um mês o cidadão ia ao comércio e comprava, com determinada quantidade de moeda, determinada quantidade de produtos. Hoje, a mesma quantidade de produtos exige um pouco mais em quantidade de moeda. Basta fazer o comparativo, em qualquer casa comercial, e, mesmo, vale, anotar agora para comparar daqui um mês, já em 2012.

Esse é o lado da economia real. Mas, vale dizer: melhor hoje do que nos anos 80 com remarcações de um expediente para outro.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.