Autonomia em foco
A dor ensina a gemer, diz um conhecido dito popular. Outro, até melhor: a necessidade é a mãe da invenção. Pode-se acrescentar, por conta e risco, o uso de licença poética para adaptar este último adágio para: a necessidade ensina os meios para a sobrevivência.
É o que mais vem acontecendo em Livramento. O leitor já parou para observar quantas pessoas vendendo lanche circulam pela cidade hoje? Quantos carrinhos de cachorro-quente? Quantos vendedores, com suas bolsas pesadas circulam de porta em porta?
São santanenses buscando a sobrevivência com a dignidade que caracteriza as pessoas de bem. Afinal, em uma realidade negativa, não é preciso, necessariamente, estar empregado para trabalhar. O importante é manter a dignidade de ganhar o próprio pão honestamente.
Essa é a gente de Sant’Ana! Gente que, desejaríamos todos, estivesse com bons empregos, trabalhando naquilo que gosta. Claro, esse ponto é discutível, pois muitos, além da necessidade, gostam do que fazem.
Dessa forma, dão uma verdadeira lição a todos aqueles que muitas vezes pensam ou defendem a desistência diante das crises que se sucedem na economia e que atingem a todos da mesma forma. É preciso saber adaptar-se às mudanças nas relações de consumo, na preferência e gostos do público e, principalmente, nas inovações feitas pela concorrência. E isso vale para todas as áreas. Não se pode ter vergonha de admitir que o vizinho está sendo mais competente que nós na busca de alternativas para enfrentar as adversidades do cotidiano. E, ultimamente, há vários exemplos disso.
Não adianta ficar em casa, lamentando a crise, reclamando da falta de iniciativa dos outros e, principalmente, sonhando com a criação dos meios para vencer o problema. É preciso copiar os bons exemplos.
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