Reiterativos discursos

Saúde. Segurança. Educação. Desenvolvimento Social. Enfim, as questões, há décadas são as mesmas, as promessas e falácias também. “Lutar” por uma delas ou pelo conjunto é verbo presente na maioria dos discursos dos candidatos a tudo. É uma lógica. A partir do momento em que é constatada a necessidade, falando-se sobre ela, erguem-se os pilares de determinada candidatura.

Bem, mas a lógica, por vezes, é difícil de compreender. Verifique-se por exemplo a questão da saúde ou a da distribuição de renda, melhorias sociais. Se todos quantos prometeram resolver as situações diferentes e diversas desses importantes segmentos nos últimos 20 anos tivessem cumprido com os compromissos que assumiram, no todo, certamente, tais pautas não estariam mais entre as necessidades exploráveis nos discursos eleitorais. Ou seja, não haveria mais argumentos para chamar a atenção para esses setores, pois não teriam problemas…

Trabalho deveria ser uma constante, sinônimo de progresso e desenvolvimento, pois, a partir dele, geram-se os valores que pagam os tributos que, em tese, deveriam voltar para o cidadão na forma de concretizações, por exemplo. O leitor poderá questionar ainda mais: “essas frases são idiotas e não se pode comparar o que não tem comparativo. Para que isso?” Partindo-se do princípio de que não exista lógica no que diz respeito ao cumprimento das promessas de campanha a pleno, mesmo, fica evidente que essas verdades são absolutas e a lógica acaba se tornando tão relativa quanto os próprios conceitos das pessoas que fazem a política acontecer, ou, pelo menos, a maioria delas. É inconcebível o distanciamento entre o que percebe por mês um deputado federal, com ajutórios de todas as ordens – e ele, certamente, com sua família e assessoria terá planos de saúde de ampla cobertura, pois pode pagar por isso – e o salário mínimo do trabalhador votante, cujas expensas são insuficientes sequer para atravessar o mês, que dirá, comprar um serviço de saúde. São conceitos individuais, em significativa e esmagadora maioria de cidadãos. De dar um nó no pensamento mais arrojado. Falta pouco para 2012 e as eleições serão, novamente, o foco. Quem vai definir, expurgando da política aqueles que não correspondem às expectativas do eleitor, é ele próprio e precisa assimilar isso.

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