Quinta-feira, 08 de Dezembro de 2011

Um sonho em construção

Ao participar da solenidade que autorizou o início da construção do prédio que abrigará o Laboratório de Enologia da Unipampa, campus de Dom Pedrito, na última segunda-feira, voltei no tempo. Recordo do ano de 2005, quando lideramos, juntamente com o deputado Paulo Pimenta e com o então reitor da Urcamp, Arno Cunha, um grande movimento para implantação de uma universidade federal na Metade Sul. Levamos mais de 70 mil pessoas às ruas de 23 municípios das regiões Campanha e Fronteira Oeste naquele ano de 2005. No dia 25 de julho, na Praça Silveira Martins, em Bagé, diante de 40 mil pessoas, o presidente Lula, juntamente com o então ministro da Educação, Tarso Genro, anunciou a criação da Unipampa. Nosso sonho começava a ser construído.

Universidade no Pampa

A Universidade do Pampa está em processo de construção há cinco anos. Presente com campus em dez municípios, deve totalizar 10 mil alunos no próximo semestre letivo, freqüentando 60 cursos de gradução e cinco de mestrado. Segundo avaliação do Índice Geral de Cursos, é a quarta melhor universidade gaúcha. Mais do que a formação de jovens daquelas e de outras regiões, a Unipampa, como prevíamos, começa a transformar as cidades onde está instalada. Em Dom Pedrito, por exemplo, o prefeito Francisco Alves Dias, credita a duplicação do movimento no comércio no último ano à presença da universidade. Neste município funciona o primeiro curso de Bacharelando em Enologia.

Um novo quadro para o Irga

Mandamos, na semana que passou, para a Assembléia Legislativa, projeto de Lei que cria o Quadro de Pessoal de Cargos de Provimento Efetivo no Instituto Riograndense do Arroz (Irga), o primeiro nos 71 anos de história do instituto a ser submetido à apreciação do parlamento gaúcho. Estamos propondo a criação de 288 cargos, sendo 114 de nível superior e 174 de nível médio, e a extinção de 626 cargos. Queremos a modernização do instituto, com o fortalecimento dos quadros de carreira, oferecendo salários compatíveis com o mercado. Projetamos para o próximo ano a realização de concurso público e, a partir da contratação dos aprovados, teremos um Irga revitalizado, em melhores condições de ampliar o trabalho de pesquisa e extensão, ofertando um serviço mais qualificado de suporte à lavoura orizícola.

Em nome da sensatez

Participei, na última terça-feira, em Brasília, de audiência promovida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na consulta pública de número 112/2010. Neste processo, está em discussão, entre outros temas, a proibição de adi cão de açúcar nos produtos derivados do tabaco. O açúcar é utilizado no fumo burley, secado em galpões, para recompor suas propriedades, perdidas durante a cura. Fiz um pronunciamento sem passionalismo.

Disse que a proposta não combate o tabagismo, mas pode impor grandes perdas para pelo menos 15 mil famílias gaúchas. Impedir a adição de açúcar neste tipo de fumo, presente em 98% dos cigarros, não tem precedente em nenhuma parte do mundo. Mas, se aprovarmos a proibição, para vigorar de imediato, sem um período de transição, que nos permita, Governos Estadual e Federal, encontrar alternativas de reconversão, retiraríamos a principal fonte de renda daquele contingente de fumicultores e suas famílias. Além do mais, perderíamos cerca de R$ 150 milhões de reais por ano. Defendi que seríamos mais efetivos em nossa cruzada contra o tabagismo se atuássemos com mais rigor no controle do contrabando do cigarro. Temos evasão fiscal de pelo menos R$ 2 bilhões de reais por ano com este tipo de comércio que, em sua origem, não tem nenhum controle, sequer o sanitário, o que coloca em nosso mercado verdadeiros “mata-ratos”.

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