Conversas válidas

É muito bom conversar com os visitantes que chegam à Fronteira todos os dias. São pessoas das mais diversas regiões, culturas, credos e preferências. Ao mesmo tempo, conversando com elas é possível obter visões completamente diferenciadas daquelas às quais os fronteiriços estão acostumados.

Fazer a clássica foto diante do obelisco da Paz, entre as duas bandeiras, para alguns turistas é o máximo. Incrível, inimaginável.

Para os da Fronteira, entretanto é… hummm… normal.

Está certo que as pessoas daqui, os locais estejam acostumados, habituados, mas daí a não sentirem o mínimo interesse em valorizar as diferenças, é complicado.

Questão de entendimento.

É muito bom ouvir as pessoas que nunca estiveram em Livramento e Rivera, após elas terem realizado suas compras, visitados alguns locais. Desses pensamentos provém sentenças, muitas vezes críticas e verídicas, sobre a realidade que a Fronteira vivencia e, incrível, não percebe. Ou, para pior, sua gente faz questão de não perceber.

Muito mais do que a maravilha das compras, a Fronteira pode oferecer o algo mais, o diferencial e, sem dúvidas, lucrar com isso.

Ouvindo os turistas e compristas – que agora, em dezembro, aumentarão em número suas presenças -, seja em suas necessidades, seja em suas queixas, reclamações, ponderações, deveria ser um hábito.

Eles, mesmo maravilhados com os produtos que adquirem, em momento nenhum são desrespeitosos.

Querem, é verdade, comodidade, respeito, atendimento, preço baixo, enfim, uma conjuntura de elementos, muitos dos quais possíveis, outros nem tanto.

Talvez Livramento e Rivera pudessem se transformar em cidades turísticas com atrativos turísticos. Mas, antes disso, com certeza, as lideranças e autoridades, muitas dos quais acreditando estarem em caminhos muito certeiros, precisariam ouvir, conversar com os visitantes. Quanto mais, melhor.

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