Alfabetização e letramento foram temas de seminário da 19ª CRE
Evento contou com participação expressiva de professores que lotaram as dependências do Centro de Eventos do Instituto Livramento
Propiciar aos professores dos três primeiros anos do Ensino Fundamental a reflexão, a apropriação e o aprofundamento das concepções de alfabetização e letramento. Esse foi o objetivo e tema central do seminário de Alfabetização e Letramento: um desafio constante, que aconteceu ao longo de todo o dia da última terça-feira, no Centro de Eventos Anglicano da escola Instituto Livramento, no centro da cidade.Professores das diversas cidades que integram a jurisdição de cobertura da 19ª CRE – Coordenadoria Regional de Educação, participaram do evento, que busca aprimorar os conhecimentos e melhorar a qualidade da educação que é dada em sala de aula aos estudantes que estão em início do período escolar.
De acordo com a organização do evento, os professores tiveram a chance trocar experiências fundamentais, destacando as boas práticas na rede estadual de ensino. “Desenvolver suporte didático-metodológico para que os professores desenvolvam sua ação pedagógica de forma contextualizada e interdisciplinar, tendo como foco a construção de aprendizagens significativas e incentivar a organização curricular das escolas na perspectiva da alfabetização e letramento, ampliando tempos e espaços de aprendizagem, nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, é o que mais pesa na hora de pensar educação”, esclareceram os organizadores. Ainda de acordo com documento emitido pela 19ª CRE, para consolidar o que trata o parecer n° 194/2011, que orienta sobre a organização curricular do Ensino Fundamental de nove anos, é que se faz urgente a necessidade de rever conceitos que contemplem as diversas áreas do conhecimento.
De acordo com boa parte dos professores que participaram do Seminário, a mudança de caráter pedagógico, requer preparação e qualificação destes profissionais, por isso os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar a alfabetização e letramento, garantindo a continuidade da aprendizagem sem retenção nesse período, objetivando o avanço progressivo e qualitativo no processo de alfabetização. O evento visou, ainda, apresentar aos professores, ferramentas para articular o que os alunos conhecem como os conteúdos que necessitam ser aprendidos decorrentes da matriz curricular.
Para que essa situação ocorra, de acordo com os debates que se deram durante o Seminário, será necessário que o professor realize, no início do ano letivo, a pesquisa sócio-antropológica trazendo à tona os saberes cotidianos, competências e crenças, as vivências familiares e sociais, elementos estéticos e culturais dos alunos, bem como concepções de mundo extraídas de seu contexto social.
Mudança
Para a professora da Unifra – Centro Universitário Franciscano, de Santa Maria, acompanhar as mudanças do cenário que completa o contexto atual e estar atento às necessidades apresentadas pelos novos alunos, é fundamental para uma educação cada vez mais sólida e com maior qualidade. “É preciso, sim, estar cada vez mais concentrado nos três primeiros anos do Ensino Fundamental para garantir maior qualidade aos alunos e professores”, afirmou.