“Quem decide quando começa e quando termina a greve é a categoria”. Rejane de Oliveira, presidente do Cpers

AS AGRURAS DE TARSO

O governador Tarso Genro jamais imaginou que teria no seu primeiro ano de Palácio Piratini tanta incomodação. Atualmente, Tarso Genro enfrenta uma greve do magistério em final de ano letivo e ainda não consegue contornar uma discussão salarial com os delegados de polícia e com os oficiais da Brigada Militar.

São crises com três categorias poderosas de servidores que lidam com a parte mais sensível dos cidadãos gaúchos: educação e segurança pública. As questões levantadas pelos professores, delegados e oficiais da BM dizem respeito às promessas eleitorais do então candidato Tarso Genro e que agora são cobradas bem ao estilo que o PT ensinava aos servidores públicos quando era oposição.

A pergunta que não quer calar é: Tarso sabia das condições financeiras do RS quando era candidato? Tarso chegou a se reunir com seus assessores de campanha para fazer uma avaliação de como resolveria essas questões salariais se eleito fosse?

O momento atual não é bom para Tarso Genro, mas, mesmo assim, ele acaba de enviar um projeto para a Assembléia para a incorporação de vantagens salariais para os servidores da Fazenda Estadual e da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Tais vantagens (conhecidas como “penduricalhos”) ao serem incorporadas significam, na prática, um reajuste salarial.

No momento, não interessa saber o aumento das folhas de pagamento da Fazenda e da PGE – provavelmente um valor bem abaixo das reivindicações daquelas três categorias em conflito com o Piratini. O fato que se destaca, politicamente, é que o governador Tarso Genro não poderia afagar dois segmentos de servidores que já são bem remunerados em detrimento daqueles que apenas cobram promessas da campanha.  Se Tarso Genro já tem tantos problemas com professores, delegados e oficiais da BM para que provocá-los ainda mais, num momento em que se alega falta de recursos financeiros? 

MAIS UM PROBLEMA (1)

Policiais militares destacados para a Operação Golfinho estão pensando em abandonar o curso de salva-vidas se o valor das diárias que recebem não for revisto. Eles exigem ainda apoio de paramédicos e de uma ambulância durante os treinamentos ministrados.

MAIS UM PROBLEMA (2)

Os brigadianos estão inconformados com a morte do soldado Rafael de Souza Pereira, 25 anos, que participava do treinamento para salva-vidas e sofreu uma parada cardíaca. No local, não havia não nenhum recurso para um atendimento de emergência.

MAIS UM PROBLEMA (3)

As baixas diárias pagas aos novos salva-vidas são outro motivo para que muitos deles pensem em deixar o treinamento, voltando para suas unidades de origem. As diárias são de R$ 57,00, consideradas insuficientes. Eles reivindicam R$ 100 já que precisam pagar alimentação e hospedagem.

IMPASSE FEDERAL (1)

Nesta quarta-feira haverá uma reunião em Brasília para que o Senado e o STF se acertem em algumas votações importantes. O Senado já mandou dizer ao STF que só vota o nome do 11º ministro se a Corte decidir a questão da Ficha Limpa para 2014.

IMPASSE FEDERAL (2)

O STF por sua vez disse que só definirá os prazos da Ficha Limpa quando o quorum de 11 ministros estiver completo. Alega a nossa Corte Suprema que com dez ministros poderá dar um empate na citada votação.

COMPLICAÇÃO GRAVE

Os três jovens que espancaram um morador de rua estão em situação bem mais complicada do que responderem na Justiça por tentativa de homicídio. Israel da Silva Machado, 35 anos, morreu vitimado pelos ferimentos da agressão sofrida. Como confessaram o crime, agora serão enquadrados por homicídio doloso.

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