“É uma nova peça de ficção”. Deputado Jorge Pozzobom, líder do PSDB na Assembléia, sobre a proposta orçamentária do Piratini para 2012

A COMISSÃO DA VERDADE

Está criada a Comissão da Verdade que vai examinar todas as violações de direitos humanos no Brasil no período que começa em 1946 até 1988. A Comissão terá sete membros escolhidos pela presidente Dilma Rousseff e dois anos para examinar toda a documentação existente, além da tomada de depoimentos de pessoas que participaram da vida nacional naquele espaço de tempo.

Na solenidade que sancionou a criação da Comissão da Verdade houve o primeiro contratempo de tantos outros que deverão surgir no decorrer dos trabalhos da citada comissão. A filha do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971, a psicóloga Vera Paiva, fez críticas ao governo federal que não permitiu discursos ou manifestações dos familiares das vítimas do regime militar.

Durante os preparativos da cerimônia houve quem dissesse à filha de Rubens Paiva que haveria grande possibilidade de ela fazer um discurso, mas no último momento ficou decidido que ninguém além das autoridades poderia se manifestar.

A providência foi sábia, pois o ministro da Defesa, Celso Amorim, ponderou que discursos dos parentes dos desaparecidos poderiam ser considerados uma afronta às autoridades militares presentes na solenidade, presidida por Dilma Rousseff.

Vera Paiva estava inconformada. Ela queria falar e também queria ouvir alguém do lado militar se manifestar. “Se o dilema era: se falar um atingido tem que falar um militar, então que fale o militar. O que ele vai falar? Defender a ditadura? A tortura?”

Vera é irmã do escritor Marcelo Paiva e teve o discurso que preparara para a solenidade publicado no blog de seu irmão. Para Marcelo, trata-se da “Comissão da ½ verdade”, além de dizer que “começamos bem mal esta histórica comissão, pois o que eles temem tanto escutar?” 

A decisão de não haver discursos foi inteligente e de bom senso. A Comissão da Verdade não é uma comissão de revanchismo ou de anulação da anistia, mas apenas um grupo que vai examinar documentos e ouvir depoimentos pata tentar estabelecer alguma verdade histórica desde a redemocratização de 1946, com o fim da ditadura de Getúlio Vargas.

Vera Paiva, como psicóloga deveria saber que o regime militar não resultou apenas em vítimas do lado que lutava contra “a ditadura”. E se algum militar falasse na solenidade das pessoas que morreram nas mãos dos guerrilheiros como tenente Mendes Júnior executado a golpes de coronha de fuzil pelo pessoal do Lamarca?

SUCATA MILITAR (1)

Relatório sigiloso preparado pelos comandantes militares aponta a frágil condição dos equipamentos e armas das Forças Armadas. Os dados evidenciam que as pretensões do Brasil em sentar permanentemente no Conselho de Segurança da ONU ficam esvaziadas.

SUCATA MILITAR (2)

O Brasil comprou um porta-aviões da França e para equipá-lo adquiriu 23 jatos A-4 (Skyhawk) do Kwait. A Marinha não tem hoje condições de fazer decolar um caça sequer do nosso navio aeródromo.

SUCATA MILITAR (3)

Das 100 embarcações da Marinha de Guerra, apenas 53 estão em operação e dos cnco submarinos só dois conseguem navegar e submergir. As viaturas sobre lagartas dos Fuzileiros Navais (algumas como as que subiram nos morros cariocas) são em númeto de 74, mas operando de fato somente 28 delas.

RENUNCIOU

O reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), professor José Januário de Oliveira Amaral, pediu demissão, depois das denúncias de irregularidades de seu possível envolvimento com as mesmas. É importante que se registre que renúncia não absolve ninguém, apesar de no Brasil esse ato significar, quase sempre, arquivamento das denúncias.

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