Um tema em falta

Reflexão. Um assunto que muito se fala e que serve, não apenas para os agentes públicos (para uma boa parcela deles, principalmente – diga-se de passagem), mas para todos, especialmente quando se trata da formação de caráter – e nesse caso, privilegie-se a infância e adolescência com essas noções. Não pretende-se, neste Editorial, passar lições, mas estimular que a cidadania, em todo seu conjunto, procure reaprender o que, talvez, em determinados casos, tenha perecido pelo esquecimento ou pelo não exercício cotidiano. Vigilância.

O assunto é ética. Está em qualquer dicionário, impresso, na internet, ou mesmo na filosofia simples de qualquer família. Ética é o nome geralmente dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais e entenda-se também moralidade como um de seus elementos. Remeta-se à Grécia Clássica, pois ética, em tese, é derivada do grego e serviria como definição para fazer alusão àquilo que é inerente ao caráter, íntimo, das pessoas. É diferente de moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.

“Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral (entendida como “costume”, ou “hábito”, do latim mos, mores), mas buscava a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto em público. A ética incluia a maioria dos campos de conhecimento que não eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica, na dialética e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, às vezes política, e até mesmo educação física e dietética, em suma, campos direta ou indiretamente ligados ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida”. É uma definição adequada, que pode ser exemplificada pela visão clássica da obra Ética, de Espinoza. Aplica-se na economia, política e ciência política, conduzindo a muitos distintos e não-relacionados campos de ética aplicada, incluindo: ética nos negócios, à estrutura da família, à sexualidade, e como a sociedade vê o papel dos indivíduos, conduzindo a campos da ética muito distintos e não-relacionados, como o feminismo e a guerra, por exemplo.

Não que cada um tenha a sua, mas que ética seja a pauta de cada um.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.