Quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Transformar para agregar valor
Cada vez mais, estou convencido da necessidade de fortalecermos a agroindústria gaúcha para que possamos aumentar os níveis de industrialização da matéria prima que sai dos nossos campos. Precisamos agregar valor e promover um desenvolvimento horizontal, com a geração de mais empregos e de mais renda. E, com este maior dinamismo da economia, ampliar a renda pública, para que o Estado e municípios tenham mais recursos para investir em setores prioritários como educação, saúde, infra-estrutura e segurança.
Desenvolvimento descentralizado
Estive, recentemente, em Erechim, com o prefeito Paulo Polis, ocasião em que visitamos a unidade de biodiesel da Olfar, que produz biocombustível a partir do esmagamento da soja. A indústria é abastecida pela produção de 33 municípios. Os impostos gerados por esta atividade que, pela legislação, seriam apenas de Erechim, são partilhados com os municípios fornecedores de matéria prima. Exemplo de descentralização do desenvolvimento com cooperação regional.
Câmara da Agroenergia
Dentro da filosofia de trabalho que adotamos, de dialogar intensamente com todos os setores da agricultura e da pecuária do Estado através das Câmaras Setoriais, criamos, na semana passada, a Câmara Temática da Agroenergia. Discutimos com técnicos, produtores, indústrias e entidades representativas as ações que podem se transformar em política pública de estímulo e apoio ao setor. Hoje, nosso Estado produz 25% do Biodiesel brasileiro. Com os novos investimentos no setor e com a expansão do mercado, temos muito o que crescer.
Pecuária Familiar
O Governo do Estado, através das secretarias da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Fazenda e de Desenvolvimento Rural, juntamente com o Banrisul, lança um novo programa de apoio à Pecuária Familiar. Trata-se de uma linha especial de crédito, com juros subsidiados, para produtores com até 300 hectares e que tenham pelo menos 70% da renda oriunda da atividade pecuária. Devemos atingir pelo menos 20 mil famílias, que poderão acessar até 10 mil reais para custeio. O recurso poderá ser utilizado para reformas de cercas, roçadas e reparos em geral, entre outras coisas. E o melhor é que o governo do Estado vai equalizar subsidiar os juros.
Soja na várzea
Estamos testando, no Irga, um novo modelo de plantadeira, que permite a semeadura de soja na várzea. A máquina cria micro-camaleões, que protegem as sementes de possíveis alagamentos, o que pode nos abrir a possibilidade de levarmos esta cultura para áreas em que hoje só é possível o plantio de arroz, criando outras alternativas para o rodízio de culturas. A máquina está realizando plantios demonstrativos nas principais regiões orizícolas do Estado. Em fevereiro e março o Irga realiza Dias de Campo para avaliar os resultados.
Deputado Estadual / Secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
gabinete@agricultura.rs.gov.br
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