“Acho que o Lupi está bem, está forte”. Mario Negromonte, ministro das Cidades, colega de Carlos Lupi

A PODEROSA CHEVRON

Parece que não há mais qualquer dúvida: a Chevron ocultou a verdade sobre o vazamento de um poço que ela controlava na Bacia de Santos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Chevron atuou no caso “em completa violação ao contrato de concessão e à própria legislação brasileira”.

Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, disse que a Chevron poderá ser proibida de operar no país pelo seu comportamento diante do incidente do vazamento de óleo e pela falta de equipamentos para controlá-lo, fato que irritou até a presidente Dilma Rousseff.

As multas aplicadas à empresa norte-americana podem chegar a R$ 260 milhões, incluindo-se aí os valores estabelecidos pelo Ibama, pela ANP e pelo governo do Rio de Janeiro. A Chevron, é claro, já se mobiliza com os melhores advogados para a sua defesa, mas, mesmo assim, a empresa não se abalou muito.

O faturamento mundial da Chevron previsto para este ano é de 200 bilhões de dólares e se a empresa pagar as multas brasileiras terá um prejuízo de 0,13%. O que não significa muita coisa para quem tem grandes planos para participar na exploração do Pré Sal brasileiro.

Na verdade, para a Chevron sairá mais barato pagar as multas do que investir pesadamente em equipamentos de prevenção contra vazamentos de óleo, até porque não existem ainda tais equipamentos com garantia plena contra acidentes dessa natureza. 

A pressão sobre a Chevron deverá ser feita pelo governo brasileiro por uma razão muito forte: com as grandes irmãs do petróleo qualquer briga é briga de cachorro grande. O biólogo norte-americano Richard Steiner que também é consultor de assuntos ambientais prestando serviços no mundo inteiro, foi punido pela Universidade Estadual do Alaska, onde lecionava, por ter alertado possíveis vazamentos nos poços do Oceano Ártico e no Golfo do México.

Richard Steiner perdeu sua cátedra na universidade por pressão das empresas petroleiras que o acusaram de alarmista. No entanto, a tragédia no Golfo do México ocorreu com prejuízos terríveis para o meio-ambiente de toda a região depois do vazamento de um poço da British Petroleum.

Conforme entrevista do professor Steiner à jornalista Lúcia Guimarães, as empresas petroleiras preferem investir em perfurações profundas em alto mar, relegando investimentos em prevenção. Provavelmente o que aconteceu com a Chevron na Bacia de Campos.

VELHA CONHECIDA

A Chevron recebeu uma multa de 8 bilhões de dólares do governo do Equador, mas o prejuízo que a empresa causou na região amazônica equatoriana foi incalculável. Por 30 anos a Chevron despejou 68 bilhões de litros de materiais tóxicos naquela área. É por isso que a Chevron não tem medo de multas. Seu único medo é perder as concessões.

TÊNIS COM LUCRO

A Arena “The 02″ onde está sendo disputado o ATP World Final Tour, competição que reúne os oito melhores tenistas do ano passado pelo ranking da própria ATP, já deu prejuízo e esteve até fechada enquanto foi administrada pela prefeitura de Londres. Privatizada, a arena ganhou o nome da operadora de telefonia 02 (antes chamava-se Millennium Dome) e tornou-se um rentável complexo de entretenimento.

SAUDADES DO NEM? (1)

A operadora Sky está vendendo 100 pacotes por dia na Rocinha e no Vidigal, depois que acabou o gatonet – furto de sinal que era controlado pela quadrilha do Nem. Por enquanto não há sinal de operação de tevê via cabo, pela Net.

SAUDADES DO NEM? (2)

O pacote mais simples oferecido pela Sky, apenas com canais básicos, sai por R$ 44,90. O “serviço” oferecido pela gatonet do Nem era bem mais em conta. O pacote completo, com todos os canais, custava R$ 19,90.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.