Desmobilizados

Apesar de toda a mobilização do Cpers, são pouquissimos os docentes que aderiram à greve do magistério estadual. Em Sant’Ana do Livramento, o número não chega a 10% do efetivo das escolas e – a priori – não tem prejudicado os estudantes.

Até por ali. Em alguns estabelecimentos, a direção reconhece que mesmo os poucos professores que paralisaram as atividades podem acabar atrasando formaturas. E férias. E o planejamento todo das famílias. Por isso, talvez, a sociedade não tenha se colocado ao lado da greve. “Não é o momento adequado”, disse uma das diretoras entrevistadas pela reportagem. Ela reconhece que em outra época, como o mês de março, não se conseguiria tudo que é solicitado agora, mas haveria tempo hábil a todos para reorganizar a vida.

Mesmo a união dos estudantes ficou ao lado do governo e condenou a greve. Desse jeito, ao contrário do que projetam os mobilizadores otimistas, a greve não terá aumento nas adesões, mas uma diminuição ainda maior.

Há também quem tenha se planejado para fazer greve até quinta-feira – o que é condenável por alguns professores, que acreditam no movimento como um todo e apostam que ele perde a força quando há regresso ao trabalho. Não existe greve assim. “Quem participa deve encarar até o fim”, aposta outra docente.

O fato é que as escolas dão continuidade às aulas, pelo menos por enquanto. Sorte dos alunos, dos pais, da sociedade. E ao magistério?

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