Diretoras destacam que escolas não podem esperar mais por reformas

Professoras que dirigem as escolas Pinto da Rocha e Hector Acostaressaltam que obras precisam ocorrer ainda este ano

Ana Lia Bicca, diretora da escola Pinto da Rocha: “Estamos aguardando as obras iniciarem”

Uma situação que vem se desenrolando desde o mês de julho, quando houve a interiorização do governo do Estado, começa a preocupar a direção de duas das escolas envolvidas com o repasse de verbas. Uma das escolas, a Pinto da Rocha, localizada no bairro Wilson, é a que apresenta as maiores carências. Segundo a diretora da escola, professora Ana Lia Bicca Ribeiro, muitas são as necessidades da escola, mas as de maior urgência são as reformas no piso próximo à estrutura do prédio, que vem sendo deteriorado pela erosão. “Estamos aguardando não a verba, mas as reformas que a escola precisa desde o mês de julho, quando foi anunciada a verba. Infelizmente, estamos chegando ao fim do ano letivo e as obras não acontecem, e a estrutura começa a representar riscos às pessoas que circulam diariamente no local. Conforme tenho conhecimento, a verba está liberada desde o dia 3 de agosto, e se passar novembro e dezembro, termina o ano letivo e nada de obras”, destaca.

Ela acrescenta que existe uma cultura de que as escolas gaúchas são as melhores do País, e isso se reflete no empenho de cada um dos professores que entram em sala de aula todos os dias, para dar o melhor de si. Porém, para tanto, é necessário que o governo dê sua contrapartida, que seria o investimento em estrutura e qualificação dos educadores. “Existe um esforço por parte da escola, o nosso Ideb aumentou consideravelmente, estamos com um índice muito bom. Com relação ao nosso desempenho, nós cumprimos o nosso papel. Nós nos dedicamos com a questão da formação dos nossos alunos. Em uma nota média que seria 3,8, nossa escola chegou aos 3,7 pontos, o que demostra que estamos no caminho certo. Para isso, estamos esperando a contrapartida, que é a reforma de nossa estrutura física, que começa a representar risco contra a integridade física de professores e alunos”, completa Ana Lia.

Já a diretora da escola Hector Acosta, professora Giovana Cantareli, destacou que o investiento deve propiciar muitas ofertas de atividades extras para os alunos da escola, principalmente porque a escola integra ao seu currículo atividades extraclasse em turno inverso ao horário de aula. “Nós fomos à atividade de interiorização do governo contando que a verba viesse o quanto antes, porque ela já é uma verba que está destinada desde 2009. Nós pensamos que no momento em que ela fosse oficialmente anunciada, nós já poderíamos contar com o valor. A gente realmente está precisando da verba, pois a escola recebe cada vez mais projetos e a gente abraça pela causa. Temos em atividade aqui na escola o projeto Mais Educação do governo do Estado, mas dependemos de recursos financeiros para que possamos colocar as crianças em um local adequado. Essa verba viria muito bem, para ajudar neste sentido”, destaca.

Giovana Cantareli: “Temos a necessidade de oferecer uma boa estrutura aos alunos”

Ela acrescenta que a questão da segurança da escola também deve ser priorizada, pois existem alguns acessos da escola que devem ser fechados para garantir a integridade dos alunos. As diretoras das duas escolas, bem como as demais escolas que seriam beneficiadas com as verbas, aguardam há mais de 100 dias pela liberação da verba. A intenção das diretoras era realizar as reformas ainda este ano, para que os alunos pudessem ser beneficiados já no início do próximo ano letivo. O Secretário de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, Luis Carlos Bussato, garantiu a realização das obras, inclusive que as mesmas já estariam em andamento nas escolas Hector Acosta e Vitélio Gazapina.

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