A Tradução da Bíblia em Imagens

A Bíblia foi escrita em Hebraico o Antigo Testamento, em Grego o Novo; no Novo Testamento se percebe que já se usava uma tradução do Hebraico para o Grego, a chamada Septuaginta, a qual contém também alguns escritos de original grego. Estes últimos foram acolhidos na Igreja Católica Apostólica Romana, mas não estão presentes na Bíblia usada geralmente pelos evangélicos. Assim, a Bíblia Católica tem setenta e três livros, quarenta e seis no Primeiro Testamento, vinte e sete no Segundo. Contei-os no Índice da Bíblia da CNBB, pela qual me oriento. A Nota Prévia da edição que costumo usar diz esta frase valiosa: Procurou-se estabelecer um texto para se ouvir e guardar no coração. Estou ganhando de presente sobretudo, mas também adquirindo por conta própria, todas as traduções que sei ler e algumas que ainda não leio. Dos Galanos, tenho a Bíblia em grego; de dona Júlia em espanhol; do amigo Pontes em alemão; de uma família belga que não se identificou em francês; dos cunhados de minha irmã Emília em hebraico; Novo Testamento em inglês de Lio César Schmidt; italiano do Padre Ézio. A última aquisição foi a Vulgata em Latim. Mas há uma tradução da Bíblia em imagens, espalhada por todas as Igrejas, inclusive os belíssimos vitrais da Igreja Episcopal, Paróquia do Nazareno em Santana do Livramento, RS. Não a tenho visitado, mas recordo um Natal do Menino Jesus nos braços de Maria e a Morte de Cristo na Cruz, com sua Mãe ao lado, de pé. E procuro justificar a Bíblia em imagens, diante do mandamento taxativo registrado em Êxodo Vinte, três e seguintes e que começa assim: “Não terás outros deuses além de mim. Não faças para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que existe em cima, nos céus, ou em baixo, na terra ou do que existe nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante dos ídolos…” Com todo o respeito, e evitando polêmica em assunto tão do sagrado, leio outros trechos bíblicos em que as imagens são tratadas de outra maneira, e perguntarei por fim que relação tem um texto com os outros. O primeiro que me ocorre é de um livro acolhido só na Bíblia Católica, Judas Macabeu vai enterrar os mortos na batalha e encontra nas vestes dos que caíram que eles levaram para proteger sua vida e não morrer, imagens de ídolos; considerando esse pecado cometido pelos combatentes, o grande chefe Judas Macabeu manda rezar por eles em Jerusalém, para que sejam livres desse pecado. Outro dia falaremos sobre essa oração. Judas considerava pecado confiar em ídolos, isso é certo. Versos trinta e nove e seguintes do caítulo Doze do Segundo Livro dos Macabeus. – Outro texto muito significativo: Capítulo Trinta e Sete de Êxodo, a descrição da Arca da Aliança. Note a veneração das imagens dos Querubins ao Senhor, e este não representado por figura nenhuma. Para finalizar e você mesmo, cândido leitor, tirar sua conclusão: “Ele é a imagem do Deus invisível” – Leia tudo o mais que está a partiir do treze do capítulo Um da Carta aos Colossenses. A melhor tradução da Bíblia em imagens é o próprio Jesus; Ele é o reino de Deus. Os outros reis da terra mandam fazer sua imagem para serem adorados, temidos, obedecidos; para garantir os tributos, semeando medo. Deus não quer atemorizar, mas misericordiosamente nos orienta para sermos tão misericordiosos quanto Ele. Reze sempre: Jesus, mostra-nos o Pai, e isso nos basta, Quatorze de João. (Em tempo, as Bem-aventuranças estão no capítulo Quinto de Mateus, e não em outro como escrevi há dias.)

Agapito Prates Paulo

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