“Estão deixando as coisas degringolarem”. Guido Mantega, ministro da Fazenda, sobre o comportamento das autoridades econômicas da Europa

O ESPERNEIO DE LUPI

As recentes declarações do ministro do Trabalho Carlos Lupi complicaram ainda mais a sua situação junto ao Palácio do Planalto. “Duvido que Dilma me tire! Para desconforto de vocês (jornalistas), vão ter que me ver aqui no ano que vem, em 2013, em 2014.Pela relação que tenho com Dilma, não saio nem na reforma”, afirmou Lupi.

Tais declarações foram acrescidas por outras menos protocolares e mais parecendo conversa da bandidagem carioca: “Só deixo o governo abatido à bala e é preciso uma bala muito forte, porque sou pesadão”. Lupi revelou-se um ministro boquirroto, acreditando ter poderes inimagináveis para quem pode ser demitido a qualquer hora, sem maiores explicações.

Carlos Lupi, depois de suas declarações surpreendentes, viu que tinha dito apenas bobagens, sem impressionar ninguém, mas conseguindo causar um mal-estar no Palácio do Planalto. Nesta última terça-feira tentou consertar as asneiras ditas, corrigindo suas palavras e recuando nas bravatas. Disse que não desafiou a presidente Dilma Rousseff, mas “a gente que macula a honra de pessoas sem direito a defesa”.

Diga o que disser, Carlos Lupi ainda é ministro por direito, mas ex-ministro de fato. Sua certeza de que ficará no ministério até 2014 vale tanto quanto uma moeda de cinco reais. O PDT garante que se Lupi deixar o governo, o partido sai da base do governo no Congresso. Não sai. É outra bravata para ameaçar o quorum governista já que o PDT tem 26 deputados federais e cinco senadores.

O PDT pós Brizola gosta muito de empregos públicos e deixar o governo significa entregar um lote de cargos que hoje o partido controla nos diversos nichos do governo federal. No momento, até onde pode segurar as pontas, Dilma Rousseff não vai demitir Lupi. 

Algumas votações no Congresso precisam ser aprovadas com tranqüilidade, como os destaques da DRU (já aprovada em primeira votação). Mas há consenso entre os ministros da casa – aqueles qaue entram sem bater no gabinete presidencial – que Dilma Rousseff não gostou do jeito ameaçador de Carlos Lupí.

Mesmo que Lupi deboche do que se disse a seu respeito (“está pela bola da vez”), afirmando que “só se for pela bola sete, que é a bola que dá a vitória”, ele sabe no seu íntimo que Dilma já passou giz no taco para encaçapá-lo.

OUTRO A PERIGO

Quem está numa situação semelhante à de Lupi é o governador de Brasília Agnelo Queiroz (PT). Dois partidos de oposição no Distrito Federal entraram com pedido de impeachment de Agnelo na Câmara Legislativa. Contra ele pesam acusações de desvio de verbas do Ministério Esporte quando era titular desta pasta e de recebimento de propina quando dirigia a Anvisa.

VAI VALER?

Mais rigor na Lei Seca para bêbados ao volante, ou drogados, é o que quer o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Se o projeto for aprovado (já passou na CCJ), o motorista que provocar acidente com morte sob efeito de qualquer droga ou estiver alcoolizado poderá ser condenado até 16 anos de prisão.

PELÉ X XUXA (1)

Recentemente, numa entrevista, Xuxa disse que quando namorou Pelé, os pés do craque eram uma das coisas mais nojentas que já havia visto na vida.

PELÉ X XUXA (2)

Nesta terça-feira, Pelé foi provocado por jornalistas numa entrevista coletiva sobre o seu livro “Primeiro Tempo”, a respeito da declaração de Xuxa. Bem humorado, Pelé respondeu que estava viajando e ficou sabendo do que foi dito, mas não fugiu da pergunta. “Eu não sei quem é essa apresentadora, mas se ela lembra do meu pé, imagina do resto”, disse.

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