Mãe de indiciado por assalto continua com protesto em frente ao Fórum local

A funcionária pública Mariela Perez espera que a Justiça libere Leandro Winz para responder ao processo em liberdade

Com cartazes e reportagem, a funcionária pública de Rivera, Mariela Gonzales Perez, de 49 anos de idade, continua à espera de que a Justiça Brasileira conceda que o filho possa responder ao crime ao qual está sendo acusado, em liberdade

O protesto pacífico da funcionária pública uruguaia Mariela Gonzales Perez continua sendo realizado em frente ao Fórum de Sant’Ana do Livramento. A mãe, de 49 anos de idade, quer que a Justiça Brasileira permita que o seu filho, Leandro Gonzalez Winz, acusado de assalto, responda ao processo em liberdade.

Agora com um número maior de cartazes, com frases e reportagens em protesto à prisão do filho, a funcionária pública continua chamando a atenção das pessoas que transitam pelo local, desde 25 de outubro passado. Segundo Mariela, no período em que permanece em frente ao prédio da justiça, vem fazendo greve de fome e consome apenas água. À noite, retorna para sua casa, em Rivera, no Uruguai, para cuidar da sua família. “Da primeira vez que fiquei aqui em frente ao Fórum, o juiz pediu que fosse para casa, que ele iria dar uma olhada no processo do meu filho, mas nenhuma resposta positiva foi dada”, destacou.

A funcionária pública uruguaia pede para que as testemunhas revejam com calma os seus depoimentos com relação ao reconhecimento do filho, pois acredita que tenha ocorrido um engano na noite em que ocorreu a prisão do mesmo. “Solicito às testemunhas que reconheceram o meu filho, que ponham a mão no coração e pensem no que estão fazendo com esta mãe; pois é pouco provável que alguém possa reconhecer alguém que foi visto apenas alguns minutos e ainda de capacete”, solicitou Mariela.

Indagada com relação às informações recebidas de seu advogado, a funcionária pública disse que o mesmo teria entrado com recurso em Porto Alegre, para tentar conseguir um habeas corpus para que o filho indiciado possa responder ao processo em liberdade.

Justiça

Conforme informações obtidas junto ao Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul, o juiz Frederico Menegaz Conrado concluiu que o pedido de prisão preventiva de Leandro Gonzalez Winz foi realizado pela autoridade policial. Há prova da materialidade e indícios suficientes da autoria delitiva, tanto que recebida a denúncia (art. 312 do CPP, segunda parte). O crime pelo qual responde o agora réu é doloso e prevê pena máxima superior a quatro anos (art. 313, I, do CPP). A prisão se mostra necessária, tendo em vista que a liberdade do réu coloca em risco a ordem pública e a aplicabilidade da lei penal (art. 312, do CPP, primeira parte). Veja-se, primeiro, a natureza e as circunstâncias do delito pelo qual responde o réu, o qual foi praticado com violência e grave ameaça à vítima. Segundo, há informação nos autos dando conta de haver indícios de que o acusado tenha sido o autor de outros crimes de semelhantes de roubo praticados contra outras vítimas. Terceiro, há ainda informação de que o acusado está foragido do sistema penitenciário do Uruguai, o que denota ainda mais sua periculosidade. Além disso, há informação nos autos de que o réu, que também possui nacionalidade uruguaia, possui parentes no país vizinho, o que aumenta o risco de que para lá se evada, com objetivo de fugir à aplicação da lei penal. Por fim, no presente caso, não se mostram cabíveis quaisquer das medidas cautelares alternativas à prisão”.

Prisão

A Polícia acredita ter tirado de circulação um assaltante que vinha agindo na região central da cidade. O motociclista escolhia como vítimas, principalmente mulheres as quais circulavam nas primeiras horas da manhã pelas principais ruas da cidade, como profissionais da saúde e também à noite, como estudantes, entre outras.

A prisão do acusado ocorreu no início da madrugada da última segunda-feira (12), na avenida João Goulart, após uma abordagem realizada por uma guarnição da Brigada Militar. As informações a respeito do acusado já vinham sendo levantadas em conjunto com a Polícia Civil há 15 dias, com base em informações repassadas pelas vítimas.

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1 Comentário

  1. Luis carlos

    Ela está fazendo greve de fome???
    E se as mães das vitimas também resolvessem protestar na frente do fórum? Ou se todas as mães de acusados fizessem isso?
    Já pensou se isso vira moda?
    Coração de mãe não se engana?

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