De um ponto a outro

Mais um ano se esvai. E a escola, como vai? Era bonito quando havia filas organizadas na entrada das escolas, chamada no pátio para ordenar os alunos antes que subissem para a sala de aula. Já foi dito que a cidadania e o patriotismo se aperfeiçoam com a prática e devem ser praticados diariamente. É o mesmo princípio que se usa para “ensinar” o cidadão, já desde jovem, a cuidar o meio ambiente e proteger a natureza: um simples papel de bala jogado na rua poderá se tranformar em uma grande tragédia em pouco tempo. Isso desperta, motiva, alerta: o desleixo e descompromisso de hoje pode gerar cidadãos desinteressados no futuro. Vale rememorar. Educar é um conceito de muitas faces, um processo de aprendizado. Aprender a educar remete à continuidade. Continuar adquirindo conhecimentos, exercitando esses conhecimentos, para transmiti-los. O exercício cívico pode e deve ter o mesmo papel estimulador e conscientizador que a prática de esportes nas escolas, como os jogos de vôlei, de basquete, de futebol, a educação física preparatória ou ainda as corridas e até as brincadeiras como as pescarias de São João e, mesmo agora, no período de Natal que está próximo – novembro se esvai – festas de natal para integração das comunidades escolares.

Atividades não curriculares ou extras eram, nos anos 70 e 80, inclusive, estabelecidas pelas ações dos grêmios estudantis que, ainda com a ideologia escolar, tomavam partido na sadia arte de providenciar ações de lazer, divertimento. Através da prática da hora cívica, é possível resgatar um pouquinho disso e agregar outros valores, pois oferece um espaço e uma oportunidade rotineira para que cidadãos que compreendem nessa atividade um instrumento de socialização e de demonstração de participação pública, possam agregar-se à iniciativa, como já ocorreu muitas vezes no passado. A atualidade mostra dificuldades de aprendizado, evasão, professores estressados, alunos com pouco conhecimento, enfim…

Cristóvam Buarque – aquele candidato ao Planalto que foi considerado chato por falar “só” em educação o tempo todo há algumas eleições atrás – parece ter razão mesmo. Hoje, isso fica claro, sem qualquer alusão ideológico-partidária. Esse é o ponto.

Já passou do tempo da sociedade brasileira repensar esses conceitos.

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