Clima primaveril favorece as diversas criações

Com a entrada da primavera, as espécies forrageiras dos campos nativos restabelecem o ritmo de seu desenvolvimento vegetativo, que foi retardado durante o inverno, mesmo as gramíneas anuais cultivadas de inverno, como a aveia e o azevém, encontram-se em final de ciclo, em função das temperaturas mais amenas, e ainda apresentam condições que permitem seu aproveitamento pelos animais. Na maioria das propriedades que se dedicam à exploração pecuária, continuam os trabalhos de implantação das pastagens perenes e anuais de verão como Tifton, sorgo forrageiro, capim-sudão milheto, aveia de verão, entre outras. Os produtores de leite intensificam a implantação de lavouras de milho para a produção de silagem, sendo que nas regiões de temperaturas mais elevadas do Estado, os agricultores realizam tratos culturais como controle de ervas espontâneas e especialmente adubação nitrogenada de cobertura.

Bovinos de corte 

Devido especialmente às condições climáticas favoráveis que beneficiam o desenvolvimento das pastagens nativas e cultivadas, neste início de primavera, o estado sanitário e corporal dos rebanhos bovinos de corte é bom na maioria dos municípios do Estado. Nas regiões de clima mais ameno como Bagé, Zona Sul e Fronteira Oeste, as pastagens anuais cultivadas ainda tem boa capacidade de engorda, com a aveia e azevém em final de ciclo. O preço do gado gordo apresenta leve tendência de elevação, mas na Região de Bagé, devido ao maior uso de pastagens cultivadas, a oferta de boi gordo ainda é normal, o que segura um pouco o preço, mas a previsão é de que a partir da segunda quinzena de novembro o preço sofra elevação. Alguns produtores com gado mantido exclusivamente em pastagens cultivadas, devido às boas condições do clima e das pastagens, retêm os animais esperando a melhora dos preços. No mês de novembro, na Região de Bagé, será realizada a vacinação contra a febre aftosa do rebanho com até dois anos de idade. Ocorre a comercialização do gado de reposição normal. Na próxima semana, iniciam-se as feiras de terneiros em alguns municípios, com financiamento e prazo de até dois anos para pagamento. Os produtores esperam que os animais ofertados sejam comercializados em torno de R$ 4,00/kg vivo. Os preços médios recebidos pelos pecuaristas na Zona Sul do Estado são: – boi gordo: R$ 2,85 a R$ 3,20/kg vivo, com 30 dias de prazo; – vaca gorda: R$ 2,40 a R$ 2,70/kg vivo, com 30 dias de prazo; – terneiro vivo: R$ 3,30 a 3,50/kg.

Bovinos de leite

Na última semana, em virtude do bom volume de chuvas que ocorreram na maioria das regiões produtoras de leite do Estado, as pastagens nativas e cultivadas apresentaram bom desenvolvimento vegetativo. As condições ambientais favoreceram, também, a realização dos serviços de implantação das pastagens anuais e perenes de verão. Porém, as baixas temperaturas do período reduziram a taxa de crescimento destas forrageiras.

As pastagens anuais mais precoces como milheto e sorgo forrageiro estão na fase inicial de estabelecimento, enquanto as perenes como Tifton já apresentam razoável oferta de pasto. Além da oferta das pastagens cultivadas, os produtores de leite estão utilizando silagem e ração industrializadas para alimentar os animais, aumentando assim os custos de produção. De maneira geral, o rebanho bovino de leite das diversas regiões produtoras se encontra em boas condições sanitárias, com baixa incidência de ectoparasitas. No período, o preço por litro de leite recebido pelos produtores variou entre R$ 0,58 e R$ 0,90, dependendo da qualidade e quantidade ofertada às indústrias, com tendência de estabilidade.

Ovinos

Neste período do ano, as condições nutricionais do rebanho ovino continuam melhorando, pois está iniciando o rebrote das pastagens nativas, e existe boa disponibilidade de pastagens cultivadas.

Com isso, as condições sanitárias também são boas, pois os produtores continuam os cuidados no controle dos ectoparasitas e verminoses. A comercialização de animais para o abate no período foi pequena, ocorrendo apenas alguma comercialização de reprodutores em feiras e exposições regionais. No período, os produtores realizam a esquila do rebanho e assinalam os cordeiros nascidos. Em muitos municípios, o rebanho apresentou índices de natalidade superiores aos do ano passado. De forma geral, a atividade está valorizada pelos bons preços recebidos, tanto pela carne como pela lã. Os preços médios recebidos pelos ovinocultores na zona sul do Estado são: – ovelha – R$ 3,00 a R$ 3,50/kg vivo (30 dias) ou R$ 7,00 na carcaça; – cordeiro – R$ 4,00/kg e R$ 5,00/kg vivo em Piratini; – cordeiro Marfrig – R$ 9,00 carcaça + bonificação de 10% a 15%, conforme a qualidade da mesma; – capão – R$ 4,50/kg vivo, com prazo de 30 dias e R$ 7,50 na carcaça; – lã: cooperativa: – Corriedalle – Cruza 1 – R$ 7,00 kg/velo; – Ideal – Prima A – R$ 8,50 a R$ 10,00/kg velo; – Merina – R$ 10.00 a R$ 11,00/kg velo.

Suinocultura

Em alguns municípios produtores do Estado, a suinocultura sofreu uma pequena recuperação em termos de retorno econômico nos últimos meses, porém, os produtores seguem descontentes, porque o preço recebido pelo quilo do suíno vivo ainda não cobre o custo de produção. Em Erechim, o milho foi comercializado pelo valor de R$ 22,50 a R$ 29,00/saco, o Kg do farelo de soja variou entre R$ 0,85 e R$ 1,25 e o preço do quilo de suíno é de R$ 2,10 para os produtores integrados.

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