Questão a ser revisada

Fundamental para o cumprimento das funções sociais e econômicas, o transporte coletivo é sempre motivo de muitas polêmicas, sendo notado o abismo que existe entre usuário e fornecedor do serviço.

Daí, no cotidiano, o surgimento de uma série de problemas. Livramento pode se considerar um município que ainda detém padrões – inadequados segundo a opinião dos usuários, pois publicações especializadas, já atestam – e mostram, em depoimentos e fotos -, por exemplo, que o transporte coletivo urbano se mostra cada vez mais deficiente e até desumano.

O entendimento jurídico da questão é de que a responsabilidade do transportador perante os passageiros é objetiva.

Horários, condições dos carros, espaço, acesso para pessoas portadoras de deficiências físicas, locais de paradas em condições de abrigar os usuários, passagem dos coletivos nos sábados, domingos, feriados, segurança – tanto de usuários, quanto de motoristas, cobradores (trocadores) no que tange a asssaltos. Cabe, sim, convocar a sociedade a unir forças, aproximar-se, debater, sob mediação, do que polemizar sobre elas.

Com a falta de ônibus em determinados horários – em muitas vilas e bairros (inclusive em domingos e feriados), são prejudicados os usuários, embora seja compreensível o posicionamento das empresas no que tange ao aspecto segurança, iluminação, condições de vias públicas. Porém, se um dos motivos aponta para a falta de condições diversas, ou mesmo se uma motivação complementar é essa, é preciso chamar a atenção da sociedade.

O que não se concebe é que famílias inteiras, geralmente de poucos ou de nenhum recurso tenham serviços que não lhes satisfazem. É sabido e notório que o usuário de tais serviços quase sempre pertence às classes mais humildes. Inadmissível que os que realmente necessitam fiquem desamparados em seu direito de ir e vir, obrigando-se a se contentar com um mínimo.

A cidade precisa rever seu transporte coletivo. Desde o início até o ponto final. É, sim, compreensível o custo para as empresas – tributações, direitos sociais, porém, fundamentalmente, quem financia – pagando passagens – também precisa ser ouvido em suas antigas reclamações.

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