“Luta de classes é uma coisa; briga de quadrilhas, outra!” Opinião de um ex-comunista, descontente com tantas denúncias envolvendo a esquerda brasileira

ARCEBISPO X AJURIS

A Associação dos Juízes do RS (Ajuris), em nota oficial, contestou com firmeza uma declaração do arcebispo metropolitano Dom Dadeus Grings que disse que a corrupção no Brasil surge no próprio Judiciário, numa entrevista coletiva, nesta segunda-feira.

O motivo das declarações de Dom Dadeus era a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que o condenou a pagar uma indenização de R$ 940 mil por danos morais, a ser dividida por ele e pela Diocese de São João da Boa Vista, onde ele foi bispo entre 1991 e 2000.

Dom Dadeus foi condenado por ter ofendido uma família do município de Mogi das Cruzes (SP) que o processou e agora ganhou a causa que já transitou em julgado, ou seja, o arcebispo de Porto Alegre terá de pagar a metade da indenização (R$ 470 mil).

Quem conhece o arcebispo metropolitano sabe que ele é pavio curto, tanto que não se conformando com a sentença, resolveu atacar o Poder Judiciário de maneira genérica, ao dizer que “o problema da corrupção no Brasil tem sua base exatamente ali, no Judiciário”.

O que surpreende é que até mesmo pessoas menos esclarecidas sabem que decisão judicial é para ser cumprida, mesmo causando desagrado e até a revolta de quem perdeu uma causa. Daí a ofender uma instituição inteira vai uma distância que não pode ser generalizada por uma pessoa como Dom Dadeus que como cidadão de formação cultural superior também é o representante maior da Igreja Católica no RS.

A Ajuris distribuiu nota oficial logo após a entrevista coletiva do arcebispo de Porto Alegre estranhando a posição de Dom Dadeus que “se utiliza do poder político que possui para desprezar uma instituição democrática, consolidada pela Constituição Federal”.

Para a entidade, a Igreja não tem competência nem atribuição de insultar as pessoas ou seus fiéis. O grau das ofensas, no entendimento do presidente da Ajuris, João Ricardo dos Santos, pode, inclusive, gerar um processo contra o arcebispo pela categoria dos magistrados. 

João Ricardo dos Santos lembrou ainda que não é a primeira vez que ele tem problemas com o Judiciário. Dom Dadeus, um homem que ministra sacramentos, realmente, já se incomodou pelo seu temperamento e em Viamão também teve alguns aborrecimentos.

Quando era reitor do Seminário Maior atritou-se com o oficial de Registro de Imóveis do município, Renato Caetano da Silva, um cidadão que toda a cidade de Viamão conhece pela sua educação, civilidade e serviços prestados à comunidade. Pois não é que Dom Dadeus altercou-se com Renato Caetano da Silva sobre uma propriedade da Igreja que não estaria em ordem para ser lançada no respectivo livro de registro de imóveis. Consta que Dom Dadeus engoliu todas as ofensas dirigidas ao dedicado serventuário da Justiça, hoje aposentado.

WAGNER ROSSI

Sobrou para o ex-ministro da Justiça Wagner Rossi. A Polícia Federal indiciou o ex-ministro como responsável por um desvio de R$ 2,7 milhões, além de ser acusado de peculato e fraude em licitação.

VERGONHA

O deputado estadual Marcelo Freixo, da bancada do PSOL na Assembléia Legislativa do RJ, está deixando o Brasil por falta de segurança. Ele está ameaçado de morte pelas milícias cariocas, alvos das denúncias do parlamentar.

JABUTICABA

Todos nós sabemos que jabuticaba só dá no Brasil e, por isso mesmo, virou sinônimo de coisas que só acontecem neste país. Anotem aí; a Câmara dos Deputados aprovou uma Medida Provisória que autoriza fabricantes de cigarros a patrocinar eventos esportivos e musicais. Só falta o aval do Senado.

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