Responsabilidade

Sant’Ana do Livramento viverá nesta segunda-feira um momento único e histórico de participação popular, um verdadeiro prenúncio do despertar da conscientização cidadã que, infelizmente, nem é tão constante quanto mereceria a sociedade em relação à luta pelo desenvolvimento. Hoje, se verá certamente muitas pessoas de boa índole e interesse efetivamente coletivo expondo seu modo de pensar e sua vontade de ajudar a decidir o melhor caminho para Sant’Ana do Livramento. Lamentavelmente, também se verá entre esses os costumeiros oportunistas que no sentimento natural de luta em defesa do direito do cidadão semeiam também seus próprios interesses mesquinhos e pessoais. Acabam muitas vezes levando o todo por um caminho tortuoso de falta de objetividade e persistência.

Fazem parte, contudo, do meio social, e muitas vezes conseguem fingir-se tão bem de cordeiros que conseguem enganar os incautos sobre sua verdadeira natureza. Eles estarão hoje e sempre entre aqueles que querem construir uma discussão verdadeiramente benéfica para a coletividade. Afinal de contas, tem esse direito. Por isso é importante que permaneçam atentos os articuladores dos movimentos sociais e aqueles que realmente querem o bem coletivo para que não se deixem levar pelos interesses individuais que permeiam os subterrâneos das mobilizações públicas.

É justo que a população se manifeste sobre os assuntos que lhe dizem respeito. Mais, até: é importante que assim proceda, não apenas nos complicados processos legais de escolha de representantes para os cargos executivos ou legislativos, mas também em todos os demais momentos. Sempre criticou-se a apatia com que o cidadão aparentemente se posiciona diante das mais diversas situações político-administrativas, no comum das vezes associando a essa indignação o chamamento para que a reação se dê num tempo mais curto do que o período normal do mandato em curso. Pois é isso que acontece agora – espera-se que de forma ordeira, respeitosa e responsável. Ao mesmo tempo em que tem todo o direito o cidadão de expôr seu modo de ver, é importante que ele não permita que seja utilizada sua credibilidade e sua capacidade de mobilização por terceiros cujos objetivos sejam outros que não o do interesse de toda a coletividade.

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