Ação legal e necessária

Extremamente relevante a medida que será empreendida dentro de poucos dias pelos soldados do Exército Brasileiro, como parte operacional do plano de controle à superpopulação de javalis que já há algum tempo vem incomodando os produtores rurais na região da fronteira do Brasil com o Uruguai. São conhecidos os estragos causados por esses animais, trazidos do velho mundo como alternativa de renda para o pampa latino-americano. Sabidamente, aquilo que no início foi apenas uma positiva alternativa, rapidamente se transformou em motivo de grande dor de cabeça tanto para os produtores quanto para as autoridades em geral. Sem controle, a população de javalis rapidamente se espalhou principalmente pelas matas, de onde os animais passaram a promover ataques a rebanhos – principalmente ovinos -, granjas e plantações, causando inúmeros prejuízos ao segmento. Primeiro, no Uruguai e Argentina, mas em seguida adentrando os campos dos municípios fronteiros no Rio Grande do Sul. Os Governos do Uruguai e Argentina chegaram até mesmo a liberar a caça amadora ao javali, numa tentativa desesperada de diminuir a população e de passar a controlar o crescimento da quantidade de animais no pampa. Essa, contudo, não é uma prática que possa ser adotada com facilidade nos municípios brasileiros, por conta principalmente das legislações de preservação ambiental e também do controle do uso de armas pela população civil. Diariamente, se vê as apreensões de armas e detenção de cidadãos por porte ilegal de arma. Será que funcionaria a liberação de caça ao javali nas cidades de fronteira, especialmente dentro da Área de Preservação Ambiental do Ibirapuitã, a segunda maior APA no Brasil? Já o Exército, com licença constitucional para o uso de armas, poderá sim fazer esse trabalho de forma planejada, objetiva e rápida, já que possui um contingente significativo. Ou seja: dentro da lei e atendendo uma necessidade mais do que evidente no setor produtivo na região de fronteira.

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