Momento de discussão

Mais uma vez, a exposição feira de animais e produtos derivados de Sant’Ana do Livramento dá provas de toda a pujança econômica desta terra, em especial graças à persistência, pertinência e denôdo do trabalho dos produtores locais e, obviamente, da qualidade dos produtos que eles apresentam ao mercado agropecuário do Rio Grande do Sul, do Brasil, do mundo. Ainda que os números finais indiquem aparente diminuição no tamanho da feira organizada e realizada pela Associação e Sindicato Rural, na verdade o que se vê é uma situação de alerta para os empreendedores produtores locais: é preciso intensificar ainda mais a produção, que se tornou pequena diante da demanda exterior pelo qualificado produto da fronteira. O que se precisa para isso? Mais crédito? Melhor logística? Uma maior valorização da produção primária? Sim, tudo isso e algo mais, é verdade. Agregar valor ao qualificado produto local, intensificando o alcance da mensagem de que tem Sant’Ana do Livramento, sim, a melhor genética do Brasil e talvez do mundo, entre outras ações reconhecidamente importantes para que o setor continue em expansão deve ser um foco bem concreto nesse sentido.

É importante discutir esse tipo de questão. O período que se inicia, quando tanto candidatos quanto partidos políticos inteiros procuram discutir com a comunidade alternativas para o desenvolvimento e, mais, caminhos para a solução de gargalos do crescimento, pode ser excelente seara para isso. Representantes de diversas áreas governamentais e de ligação direta com as esferas de poder estarão visitando a fronteira, nos próximos meses. A própria comunidade vai ter que, de uma forma ou de outra, discutir o que considera importante e definir caminhos para seguir. Especificamente no setor primário, terão os produtores de todos os portes a incumbência de propôr medidas ou apresentar suas demandas – que automaticamente passarão a ser demandas de toda a sociedade. Mesmo que pontuais, essas demandas indicarão carências de pleno desenvolvimento e melhores condições para os demais fronteiristas. Nesse contexto, fica evidente alertar que é preciso que as demandas dos locais sejam mais incidenciais e esforços sejam redobrados para que os resultados venham a contento, sob o esteio da responsabilidade que precisa ser assumida também pelas lideranças, sejam elas políticas ou do conjunto da sociedade.

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