Vida On e Off line

A rede mundial traz suas vantagens, mas o mau uso pode ser prejudicial à saúde

A Internet, nada mais é do que um dos meios de comunicação mais importantes hoje e é através dela que temos informações em tempo real. Muitas empresas trabalham com a dinâmica dessa ferramenta, devido à precisão e o vasto mundo da informação. Exemplo, o Google, onde você terá milhões de páginas para poder realizar sua pesquisa, além de textos, imagens, vídeos, tudo ao alcance de suas mãos, pode conhecer lugares sem sair de casa, planejar uma viagem, baixar filmes gratuitamente, conferir programação de canais, buscar números de telefone, comunicar-se através de áudio e vídeo com outras pessoas. Nunca se deve esqucer que ela é uma facilitadora, mas, se usada de uma forma errada, pode ser prejudicial a sua saúde e até mesmo à questão moral.

A visão de uma especialista

CINTHYA LOPEZ SAPUNDLLIEFF
MASTER EM HIPNOSE CLÍNICA, PÓS-GRADUADA EM PSICOLOGIA DE SISTEMAS E CONSTELAÇÕES

A PLATÉIA: Liberdade demais do uso da internet pode causar algum transtorno?

CINTHYA LOPEZ SAPUNDLLIEFF – A liberdade não causa transtornos. O que pode causar é o mau uso da liberdade, ou seja, o mau uso da internet. Dependendo da idade, os cuidados necessários que se deve ter, em especial à faixa etária das crianças e adolescentes, o mau uso da internet significaria a dependência compulsiva pela rede. Esse fenômeno está mais comum do que a gente percebe, produto do crescimento das modalidades de informáticas e o desconhecimento das gerações mais velhas para poder orientar as novas gerações, em alguns aspetos.

A PLATÉIA: Tem uma idade recomendável para usar internet? E há algum estudo para isso?

CINTHYA LOPEZ SAPUNDLLIEFF – Não tem idade e na verdade têm poucos estudos ainda para o tema, porém já é uma temática muito questionada e levada a sério, pois preocupa na psicologia, nos colégios e em todos os países, o tema não é o uso e sim o abuso, seja da internet ou de qualquer fator gerador da dependência de algum tipo. Por isso é fundamental organizar horários, páginas acessadas e tudo o que representar limites em relação ao uso da rede.

A PLATÉIA: A psicologia encara a internet como terapia também?

CINTHYA LOPEZ SAPUNDLLIEFF – Na verdade não. Para a psicologia, a internet não é terapia, pode ter sim alguma possiblidade de ajuda, mas é um tema pontual, não como um todo terapêutico, algum oferecimento em concreto, que de fato facilite os processos, mas não por si só, sim como ajuda, como colaboração. Definitivamente as possibilidades são grandes de uso dessa ferramenta como facilitador, mas não como terapia.

A PLATÉIA: Como você vê a internet?

CINTHYA LOPEZ SAPUNDLLIEFF – Eu, pessoalmente, considero uma grande ferramenta, porém com a consciência de que deve ser usada com cuidado e para alguns fins. Isso é fundamental para que possamos transmitir para os mais novos de que tudo neste mundo em excesso, nunca é bom. A compulsão pela dependência da internet é um risco muito grande, quando a pessoa passa a usar as redes somente como forma de se comunicar e dedicar horas a essa atividade. Se isso acontecer, a família deve procurar ajuda de um especialista.

CYBERBULLING
Quando a Internet, telefones celulares ou outros dispositivos são utilizados para enviar textos ou imagens com a intenção de ferir ou constranger outra pessoa.

NA ESCOLA
Em um mundo cada vez mais globalizado, utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração que está nos bancos escolares. O professor precisa compreender em quais situações ela efetivamente ajuda no aprendizado dos alunos, pois é fundamental que diferentes dinâmicas ocorram em sala de acordo com o projeto pedagógico.

Santanenses  falam  sobre o uso da Internet

MARCELO BRAGANÇA HILLAL

Atualmente utilizo muito as redes sociais, porém valorizo muito o E-Sports (esporte eletrônico/games) na internet, que vem crescendo numa velocidade surpreendente. São mais de 3,6milhões de horas jogadas por dia em um único e respectivo game (segundo dados de 2012). Faço pausas a cada tanto tempo quando estou no computador, além de sair no período da tarde, o que faz com que meus pais não tenham reclamações por eu estar utilizando o computador por muito tempo.

 

MARIA FERNANDA XAVIER

Eu uso bastante a internet, mas não sou muito de ficar no computador, prefiro o celular. Quando o uso é para ver séries, fazer pesquisas para o colégio, e passar um tempo no Facebook. No celular, uso o Messenger e o What’s App, que é muito mais prático.

Meus pais falam muito sobre ficar conectada, ficam pedindo para interagir mais com eles, largar o “vício”. Quando estou em semana de provas, tento me desligar o máximo possível. Já deixei de fazer algo “importante” para ficar conectada, como no ano passado, quando deixei de estudar, para ficar on-line.

Hoje tudo é mais prático usando a internet. Existem até adultos tentando se “educar” e usam aparelhos cada vez mais modernos, mas a tecnologia é muito dinâmica e estes aparelhos tornam-se rapidamente obsoletos. A cada dia aparece uma “novidade” tecnológica, um aparelho novo, programas, tudo novo.

Para mim, a internet é essencial, só que tudo que é demais transforma-se em problema, então aos pouco tenho tentado me afastar, está difícil, mas quero aproveitar mais meu tempo sem ela, ficar “por fora”, às vezes, é bom.

 

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