Trânsito de novo

Ontem, um acidente de trânsito (ou mais um) trouxe preocupação, inclusive à A Plateia, pois trata-se de pessoa próxima. Felizmente o desfecho da situação não registrou fatalidade. Entretanto, uma pessoa conduzindo o veículo que cortou a preferencial da vítima, sequer dispunha de sua Carteira Nacional de Habilitação.
Pasme o leitor! Os veículos foram feitos para gerar melhor qualidade de vida, mas a moto e o automóvel, se mal utilizados mutilam, paralisam, ferem e até arrebatam o bem mais precioso do ser humano: sua vida.
Intensificado, o trânsito santanense é resultado não só do crescimento da população, mas do grau cada vez maior de urbanização e também do fato de haver facilidade para a compra. O progresso chega, a comodidade aumenta mas, infelizmente, os acidentes também.
Fala-se muito nas causas dos acidentes nas rodovias e estradas de ligação entre municípios, free ways e outras, que variam de imprudência dos motoristas e pedestres à má qualidade dessas próprias vias. A cada período a cidadania vê aumentar de forma alarmante o número de acidentes em suas estradas – e cidades também.
Mas que dizer das vias internas, as ruas pelas quais as crianças vão para o colégio, as pessoas se deslocam para suas atividades cotidianas de trabalho e necessidade?
Inadmissível, mais do que tudo, é a irresponsabilidade, pois apontam os juristas que aquele que assume condição de utilizar determinado instrumento sem estar, legal e registradamente habilitado para tanto, assume também o risco de produzir efeitos que podem ser indesejados. Isso entra, a fundo, no que se conhece como falta de bom senso responsável, no mínimo.
Que o trânsito mata, todos sabem. A pressa em chegar, oriunda do desejo de estar com os seus ou de cumprir com compromissos, marca para sempre a vida de milhares de pessoas a cada ano. Pedir uma reflexão sobre o assunto nada mais é do que chover sobre o molhado e ontem um agravante, chovia e a pista estava molhada, o que, comparadamente com a irresponsabilidade e imprudência, contraria a lógica.
Mau motorista não é aquele desprovido de talento nato para grandes manobras, mas sim o que transforma um meio de transporte em arma contra si mesmo e contra a sociedade. Cruzar um sinal vermelho, atravessar uma preferencial, “achar que dá”, normalmente estão atrelados à diferença entre vida e morte.
O pior é que a inconsequência não permite que as pessoas vejam isso.
Além do mais, quem conduz um automóvel está, de certa forma, em relação a quem anda de moto, bicicleta ou a pé, bem mais protegido em caso de uma colisão.
Por isso, é preciso insistir no alerta.
Responsabilidade, bom senso, legalidade. São elementos básicos.
Além disso, fiscalização!

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