O enésimo alerta

Tá! Vamos deixar de lado os números desse feriadão. Deixar de lado, não esquecer. Os estudos mais recentes mostram que em 61% dos acidentes de trânsito, o condutor havia ingerido álcool. Uma capacidade indispensável ao motorista é prejudicada pelo consumo de bebida alcoólica: a percepção. Se tiver a sensação de que já leu isso, é verdade, em milhares de outras vezes em que houve tentativa de fazer alerta.
Agora, vem aí o feriado de 1º de maio, vem Campereada, vem fluxo na rodovia federal. E nas vias internas também.
Nunca é demais recordar que o condutor que insistir em se embebedar e depois dirigir, corre o risco de sofrer diminuição dos reflexos e terá predisposição a acidentes de todo o tipo – que podem ir de um tropeço a um acidente automobilístico.
Por isso, é muito importante que se tenha sempre em mente que bebida e álcool não combinam. É de mau gosto. É contra a vida. Sim, este é mais um alerta. O milésimo, bilionésimo, enfim…
O enésimo. E, sim, a palavra existe, está dicionarizada.
Não, não é objetivo neste Editorial desestimular qualquer comemoração, apenas alertar. E não leitor, no momento em que está sendo formatado este texto, não há nenhum motivo especial a não ser a preocupação com a semana que vem.
Sabe o que as estatísticas mostram como resultado dessa mistura? 28 mil mortos por ano e 199 mil feridos, números que aumentam. Por isso, deixemos de fora os deste feriadão. Geralmente quem bebe e acha que tem condições de dirigir, pensa que o álcool não influencia em sua habilidade como motorista.
É comum ouvir que a ingestão do álcool em doses determinadas não altera os efeitos psicológicos. Isso é falso pois muitas vezes o indivíduo ingere uma pequena dose e o efeito acaba sendo idêntico à ingestão de uma grande dosagem alcoólica.
A Polícia Rodoviária Federal incrementará efetivo e equipamentos e vai à fiscalização nas rodovias federais que dão acesso ao município, como sempre faz. Mas não adianta querer responsabilizar o policial. Muitos podem dizer que um copo de cerveja não faz nada, chegam ao ponto de afirmar que dirigem melhor sob os efeitos do álcool.
Os efeitos da bebida no organismo podem ser inclusive divididos. São digestivos – gastrite, vômitos fáceis, hemorragia gástrica ou intestinal; hepáticos- hepatite alcoólica, fígado gorduroso, pele amarela, cirrose hepática; respiratórios- laringe, bronquite, efisema pulmonar, falta de ar ao falar ou subir escadas; cardíacos- doença do miocárdio com alterações circulatórias sob os efeitos tóxicos do álcool, aumenta o trabalho cardíaco, provoca o aumento dos batimentos cardíacos; neurológicos- lesão etílica cerebral, diminuição da coordenação motora, delírios e confusão mental, inflamações dos nervos, doenças dos músculos, demência progressiva, falta de apetite, diminuição da glicose sanguínea, inflamação do pâncreas.
Isso sem falar que com a diminuição da coordenação motora e da confusão mental, é irresponsabilidade pensar em conduzir qualquer veículo.

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