Quem conhece ao menos razoavelmente a história do futebol gaúcho pode discorrer sobre os números do nosso maior clássico desde o primeiro confronto no início do século passado. Sabe que, no total dos confrontos, o Inter tem 151 vitórias, contra 125 do Grêmio, além de 125 empates. Também sabe que o mandante no clássico é o maior vitorioso, aproveitando-se do ambiente favorável representado pelo maior número de torcedores mobilizados para apoiá-lo.

Num passado distante, o Inter venceu mais Gre-Nais nos Eucaliptos, e o Grêmio venceu mais na Baixada. Depois, o Grêmio ganhou mais clássicos no Estádio Olímpico, e o Inter, no Beira-Rio. Números indiscutíveis, que a história do futebol registra e está à disposição de quem quiser consultá-la. 

Preferência clara

Quem diz, portanto, que o Inter não queria disputar o Gre-Nal marcado para domingo no renovado estádio Beira-Rio, com medo de perder, deve envergonhar-se de tamanho despropósito. É como se alguém dissesse que o Grêmio não vai enfrentar o Inter outras vezes na Arena com medo de perder. Quem não gosta de jogar em casa?
No caso do Inter, que está muito próximo da conquista do tetra gaúcho, a preferência é ainda mais clara. Sem qualquer dúvida, portanto, o jogo foi transferido para Caxias do Sul por decisão das autoridades, que não tem obrigação de sempre satisfazer a vontade do Inter ou do Grêmio.
O Beira-Rio ainda não está em perfeitas condições para receber o Gre-Nal que, infelizmente, também atrai vândalos e baderneiros notórios. O resto é besteira, desinformação e conversa fiada.

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