A marca da 5a década

31 de março de 1964. Para a esquerda, o golpe militar. Para a direita, a redentora contra-revolução. Muitas são as denominações e os conceitos, regime, ditadura, regime autoritário, militar, nacionalista, Golpe de Estado.

Uma temática que ainda não foi solucionada pela brasilidade centrada em um passado que ainda hoje está sendo revolvido, embora seja entendimento de uma significativa parcela da sociedade, não resolvido.

Naquele 31 de março de 1964, as Forças Armadas do Brasil derrubaram o governo do presidente eleito democraticamente João Goulart, iniciando o regime que foi formalizado em 1º de abril de 1964 e terminou em 15 de março de 1985, quando José Sarney assumiu o cargo de presidente – e, substituição a Tancredo Neves, que falecera, quando o país foi redemocratizado e teve início a Nova República.

Goulart fugiu para o Uruguai em 1 de abril. Apesar das promessas iniciais, a ditadura militar durou 21 anos. Além disso, o novo governo pôs em prática vários Atos Institucionais, culminando com o AI-5, de 1968, que vigorou até 1978.

A Constituição de 1946 foi substituída pela Constituição de 1967, e, ao mesmo tempo, ocorreram a dissolução do Congresso Nacional, a supressão de liberdades individuais e a criação de um código de processo penal militar que permitiu que o Exército brasileiro e a polícia militar do Brasil pudessem prender e encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de impossibilitar qualquer revisão judicial.

O novo regime adotou uma diretriz nacionalista, desenvolvimentista e de oposição ao comunismo. A ditadura atingiu o auge de sua popularidade na década de 1970, com o “milagre brasileiro”, no mesmo momento em que o regime censurava todos os meios de comunicação, torturava e exilava dissidentes.

Na década de 1980, assim como outros regimes militares latino-americanos, a ditadura brasileira entrou em decadência e o governo não conseguia mais estimular a economia e diminuir a inflação crônica, o que deu impulso ao movimento pró-democracia.

O governo aprovou uma Lei de Anistia para os crimes políticos cometidos pelo e contra o regime, as restrições às liberdades civis foram relaxadas e, então, eleições presidenciais foram realizadas em 1984, com candidatos civis.

 

Santanense, o coronel da reserva altiva da Brigada Militar João Manoel Alves Fuentes (foto ao lado), incorporou em 1o de março de 1963. Militar por vocação, mantendo até hoje um elo muito forte com a instituição a qual serviu. Ex-comandante do 2o RP Mon, então cadete do 4o ano do Curso de Formação de Oficiais (CFO) participou no período de 12 de maio de 1964 a 8 de julho do mesmo ano do Batalhão Volante do CIM, sob comando do então major Odilon Alves Chaves, no teatro de operações do Alto Uruguai, sendo essa a última campanha de combate de uma unidade constituída da Brigada Militar.
“A missão era colaborar par a consolidação do Movimento Revolucionário de 1964 com busca e combate a focos de guerrilheiros contrários ao movimento, conquista da população, ações de civismo nas escolas e apoio aos órgãos governamentais da região” – recorda.

 

 

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