Cerimônia de casamento coletivo firma a união de casais

Um misto de nervosismo, ansiedade e felicidade estarão estampados nos rostos dos 56 casais que casarão neste sábado, 29, no Salão do Júri, no Fórum de Sant’Ana do Livramento. 
Muitos casais juntos há vários anos irão concretizar o matrimônio já vivido de forma fática. Os últimos detalhes para a grande festa foram preparados nos mínimos detalhes, reservado especialmente para o dia em que irão consolidar a união através de uma cerimônia civil e religiosa de casamento coletivo. 
Os noivos contam que casar era um desejo dos 56 pares que irão constituir nesse sábado, porém só agora, através do casamento coletivo e gratuito, poderá ser realizado. Segundo alguns casais entrevistados a alegria é infinita, “para realizar a grande festa sozinho não tinha como, então vamos aproveitar essa oportunidade especial”, dizem os casais. 
Famílias inteiras estão muito felizes, e comemoram a confirmação da união dos casais, celebração que não só oficializará um sentimento, mas resguardará direitos e garantias. Após a cerimônia, que iniciará às 14 horas, os noivos e convidados celebrarão o casamento com o tradicional bolo de casamento. Cada casal teve o direito de convidar os familiares para acompanhar o casamento. 
A ideia do casamento coletivo surgiu para possibilitar que os casais que não tinham condições de arcar com um casamento, recebessem a benção religiosa e também a certificação civil. 
Outro grande marco nesse evento será a celebração do casamento entre um casal de mesmo gênero, duas mulheres resolveram quebrar paradigmas e selar sua união publicamente. A união homoafetiva ainda gera um grande debate na sociedade, porém não nos cabe constranger amores verdadeiros, mas consolidar relações saudáveis numa sociedade justa e igualitária. 
O gesto de promoção de um evento como este merece destaque e apoio ao contrário de desdém de descrédito. O preconceito é uma ação de quem não tem conhecimento, ele é sinônimo de intolerância e não possui mais espaço em nossa sociedade. 
Santana se defrontará com uma falsa novidade, as relações entre pessoas no mesmo sexo na nossa Fronteira já é uma questão vencida e deve ser encarada com respeito, direitos e garantias, valores esses já reservados como a qualquer casal hetero. 
O fato é que a celebração de um casamento coletivo e a participação de um casal de mulheres selará um novo passo do poder judiciário local e da sociedade. O mérito no fim, não é só de quem promove, sem amor e sem casais apaixonados, independente do gênero não haveria o tão esperado sim.

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