Quadrilhas inovam e criam outro golpe para usar indevidamente o cartão de crédito

Usuários precisam estar alertas para não fornecerem números de segurança e outros dados pessoais aos falsários

Golpistas se passam por atendentes de empresas de cartões de crédito para aplicar golpes via telefone

Ocorrências de estelionato envolvendo problemas com cartões de créditos estão cada vez mais comuns na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), em Livramento. Recentemente, uma moradora da vila Moises Viana comunicou que recebeu pelo correio faturas dos cartões, nas quais apareciam compras realizadas nas cidades de São Paulo e Novo Hamburgo. A vítima, de 54 anos de idade, destacou que não realizou as referidas compras e que nunca esteve nestas localidades.

Um dos golpes que está sendo utilizado atualmente pelas quadrilhas é realizado de forma simples e criativa. Conforme divulgação de alerta realizada via internet a respeito desta fraude, a vítima escolhida recebe uma chamada e o golpista diz: “Estamos chamando do Departamento de Segurança do cartão tal. Chamo–me fulano e meu número de identificação funcional é 12460″, por exemplo.

Na sequência, o golpista fala: “Você comprou (qualquer coisa bem estranha, como um dispositivo Anti-Telemarketing) no valor de US$ 497,99 de uma referida empresa?”

Neste momento, a vítima possivelmente responderá que não, ao que se segue: “Provavelmente seu cartão foi clonado e estamos chamando para verificar. Se isso for confirmado, estaremos emitindo um crédito ao seu favor”.

O próximo passo do golpista ao telefone é justamente o mais importante, pois é quando ele consegue os números de segurança e do cartão para realizar o golpe: “Antes de processar o crédito, gostaríamos de conferir alguns dados. O seu endereço é tal?”

Ao que a vítima responder que sim, o golpista continua: “Qualquer pergunta que você tenha, deverá chamar o número 0-800 que se encontra na parte traseira de seu cartão e solicitar pelo Departamento de Segurança. Por favor, tome nota do seguinte número de protocolo”.

O bandido acaba passando um número qualquer para tornar a situação cada vez mais confiável.

Aqui vem a parte mais importante da fraude. Ele diz então: “Desculpe, mas temos que verificar se você está de posse de seu cartão. Por favor, pegue seu cartão e leia para mim o seu número”. Feito isto, ele continua: ”Correto. Agora vire o seu cartão e leia para mim os 3 últimos números (ou 4 dependendo do cartão)”. Estes são os números que você usa para fazer compras via Internet, para provar que está com o cartão.

Depois que você informa os referidos números ele diz: “Correto! Entenda que era necessário verificar que o cartão não estava perdido nem tinha sido roubado e que o senhor ou a senhora estava com ele em seu poder. Você teria alguma outra pergunta?”

Depois que você diz que não, o ladrão agradece e finaliza.

A partir deste momento, provavelmente uma compra será lançada no seu cartão, e muitas outras, caso você não perceba a fraude até a chegada do extrato.

As autoridades policiais destacam que é quase inútil fazer denúncias à polícia e que o mais prudente é desligar o telefone e o próprio usuário realizar a ligação para o 0800 da empresa e realizar a consulta da situação do cartão.

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