Produção leiteira deve dobrar em dez anos

Um dos mais promissores mercados do RS deve duplicar em dez anos. A cadeia produtiva do leite, além de filão econômico a ser mais explorado, constitui-se num segmento com papel social estratégico. De 441 mil estabelecimentos rurais, 183,2 mil são da agricultura familiar, representando 42% do total que produz dois bilhões de litros por ano. Nos últimos 13 anos, a produção cresceu 93%, tornando o Estado a segunda maior bacia leiteira do país, com quatro bilhões de litros por ano. A produtividade média em 2012 ficou em 2,6 litros por animal/ano, praticamente o dobro da maior bacia.

O modelo de desenvolvimento pensado tem semelhança com países como Uruguai, Nova Zelândia, Austrália, Holanda, Alemanha, Espanha e Israel. “A cadeia do leite é uma das que mais tem potencial de crescimento. Se queremos alcançar 20 milhões de litros/dia daqui a nove anos – já estamos com 11 milhões – algumas questões terão de ser qualificadas: melhoria genética, manejo e sanidade. Até porque destes 20 milhões, pelo menos 15 sobrarão para serem comercializados. E para atingir os melhores e mais exigentes mercados o produto precisa ter qualidade e ser livre de doenças”, projetou o secretário.

No aspecto sanidade, a Seapa implantou o Programa de Controle da Tuberculose e Brucelose (Procetube), de forma experimental, em 27 propriedades. Os animais estão identificados no mesmo formato do usado na chamada rastreabilidade. A meta também é sanear o gado leiteiro em dez anos.

No mesmo tema, o programa Mais Leite de Qualidade, por meio de subvenção do Estado, assim como o Mais Água, Mais Renda, pretende fazer com que todo produtor tenha ordenhadeiras e resfriadores de expansão, acondicionando melhor o produto e garantindo sua qualidade. Além disso, a indústria paga um pouco mais pelo uso dos equipamentos. O setor ganhou ainda, com aprovação unânime da Assembleia Legislativa, o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia do Leite (Fudoleite), além do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Leiteira (Prodeleite).

Entre os objetivos do plano para a próxima década estão expandir os mercados interno e externo, em função da demanda mundial por alimentos. O acréscimo de 30 milhões de pessoas à classe C no Brasil, fruto de programas de transferência de renda, do aumento do salário mínimo e da oferta de emprego, também aparece como alternativa de aumento de consumo.

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