AES Sul substitui postes em Livramento

Obra faz parte dos investimentos da AES Sul na rede elétrica de sua área de concessão

A AES Sul executou uma grande operação na semana passada para substituir postes na reforma do alimentador (circuito de média tensão) que atende várias localidades rurais de Sant’Ana do Livramento. A obra faz parte da preparação para a construção de um novo alimentador para fornecer energia elétrica a 810 clientes das localidades do Espinilho, Vila Thomaz Albornoz, Cerros Verdes, Cerro Chato Sarandi, Harmonia, Cati e arredores.

Os trabalhos foram desenvolvidos quinta e sexta-feira, dias 6 e 7, às margens da BR 293, no sentido Quaraí. A implantação dos postes de 18 metros de altura e 6 toneladas cada um foi a etapa mais complexa da obra. Para colocar as 4 estruturas, a AES Sul contratou a empresa AEB, de Canoas, que utilizou guindaste de 125 toneladas, e teve auxílio da Polícia Rodoviária Federal. Embora o bloqueio da estrada por duas horas e o necessário desligamento da rede elétrica, os serviços transcorreram normalmente. Esta obra faz parte dos investimentos da AES Sul na rede elétrica de sua área de concessão, visando aumentar a qualidade e a confiabilidade no fornecimento de energia. No ciclo 2014-2018 a empresa investirá R$ 1,1 bilhão em melhorias. Esses investimentos e todas as obras programadas já foram homologados pela ANEEL e, portanto, serão executados. Rede de madeira – A rede elétrica do Rio Grande do Sul foi construída décadas atrás com a utilização de postes de madeira. Com o tempo e o avanço da tecnologia, os postes passaram a ser usados, também, para instalação das redes de telefonia, TV a cabo e internet, as quais não são de responsabilidade das distribuidoras de energia e, sim, das empresas que atuam nesses segmentos. Portanto, desde sua origem, a rede elétrica gaúcha é constituída basicamente por postes de madeira. Essa foi a realidade encontrada pela AES Sul, quando chegou ao Estado em 1997. Apesar do poste de madeira ser um equipamento ainda usado em redes de energia e de não haver exigência legal para uso de postes de concreto, a AES Sul optou por padronizar a sua área de concessão com concreto, em função da durabilidade e das dificuldades na produção de postes de madeira pelas restrições ambientais, principalmente em relação ao tratamento. A empresa desenvolveu um planejamento específico para a substituição dos postes, dentro de seu Plano de Investimentos, definindo uma meta entre 30 mil e 40 mil postes por ano nos 118 municípios da área de concessão. Esse planejamento vem sendo executado de forma programada, gradativa e permanente. De 2009 a 2013 foram substituídos 156 mil postes.

Tecnologia – Mas o começo foi bastante difícil. Além da escassez de mão de obra, existente até hoje, a produção de postes de concreto no Rio Grande do Sul era muito baixa. Tanto que a AES Sul buscou fornecedores em outros estados. Outra dificuldade diz respeito à grande extensão de terreno rochoso, que exigia o uso de dinamite para abrir as cavas visando à construção de redes ou troca de postes. A AES Sul resolveu algumas dificuldades relacionadas a troca de postes, importando equipamentos e produtos. A empresa trouxe do Canadá um equipamento que perfura rochas e agiliza o trabalho, eliminando o uso de explosivos.

Havia ainda os locais de difícil acesso para substituição dos postes das linhas de subtransmissão. O peso de postes de madeira e de concreto para transporte em áreas de banhados ou de relevo acidentado fez com que a empresa fosse a pioneira no Rio Grande do Sul no uso de postes de fibra de poliéster, mais leves, de menor impacto ambiental e de alta durabilidade. A tecnologia também foi importada do Canadá. Esses investimentos se traduzem na melhoria da produtividade da AES Sul, trazendo benefícios diretos ao cliente, uma vez que todo avanço em qualidade representa reajustes menores na tarifa de energia elétrica.

Indicadores – A troca de postes, assim como outras obras de relevância na rede elétrica, apresenta seus resultados nos indicadores setoriais, principalmente os de duração e de frequência das interrupções no fornecimento de energia. Nos últimos três anos, esses indicadores tiveram redução de 30% na área de concessão da AES Sul, em relação às metas estabelecidas pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Isso significa que os clientes da concessionária vêm tendo cada vez menos interrupções e por menos tempo (devem ser excluídas as interrupções causadas por temporais e por terceiros, como acidentes de trânsito, por exemplo).

A AES Sul continuará trocando os postes de madeira de forma programada, gradativa e de acordo com a necessidade. Na rede elétrica há postes de madeira em bom estado e que permanecerão, pois substituí-los representa gastos desnecessários que seriam repassados para a tarifa. Além disso, numa área de concessão de 100 mil km², com grandes extensões rurais, a troca de postes se constitui em um tipo de obra que exige detalhado planejamento, desde a disponibilidade de materiais, equipes, logística de transporte e, principalmente, desligamento da rede para execução do serviço. Os desligamentos não emergenciais precisam ser programados de forma a causar o menor impacto na vida da comunidade e na economia.

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