Um novo velho assunto

 O leitor pode até achar chato. Mas é uma questão, sim, recorrente. Trata-se da qualidade do serviço que o cidadão paga. A telefonia continua aquém daquilo que é o desejável. Tanto no que se refere a fixa, móvel celular, internet, entre outros, fica evidenciada a urgente necessidade de que sejam tomadas providências para que a regulação do sistema ofereça um serviço de qualidade em função dos altos valores cobrados.

Entretanto, a cada dia, torna-se mais perceptível que as deficiências dos serviços não foram sanadas. Mais do que a questão de consumo, é preciso focar no elemento tecnologia e sua relação com o custo-benefício. Seguindo-se essa lógica, permanece pendente de solução a facilidade condizente com a expectativa do consumo pressuposta a partir da aquisição de determinado serviço.

Há a questão do vencimento dos créditos comprados, algo que é legal, mas não reflete o direito de consumo. Determinadas operadoras estabelecem prazo para que os créditos comprados pelo consumidor, usados ou não, sejam extintos. Ou seja, prevalece a vontade da operadora e não a do aquisitor, pois, a partir do momento em que ele compra os créditos passa a possuir o direito de utilizá-los. Isso é lógico, mas não é ele quem, na prática, escolhe até quando poderá usá-los. Deverá fazer uso dos mesmos dentro do tempo estabelecido pela operadora. Não usou, perdeu. E ponto.

Existe a questão sobre a informação de saldo dos pré-pagos, muitas vezes cobrados, em centavos por algumas operadoras. Não terá o consumidor o direito de conhecer quanto tem à disposição para uso sem ter que pagar por isso a cada vez que consulte? É outro ponto discutível.

Chegou ao ponto de um cidadão estar falando e de repente, sem mais nem menos, a ligação se corta. É fato. Celular de qualidade, com crédito ou de conta mensal, número correto discado, a pessoa com quem o interlocutor deseja conversar atende, breves palavras são trocadas e, passados alguns segundos, as chamadas são repentinamente interrompidas sem que exista qualquer motivo lógico. Da mesma forma, conexões de dados se interrompem, repentinamente surgem mensagens de que há recados na caixa postal sem que o proprietário do aparelho deseje, fazendo com que seja acessado esse serviço – normalmente tarifado – no apertar de uma tecla.

Torna-se evidente, diante dessas constatações que fazem o cotidiano de reclamações dos mais diversos usuários, a necessidade de reavaliar a realidade tecnológica disponível no país.

 

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