Surpresa!

Algumas coisas causam aquela sensação que só pode ser traduzida pelo uso conjunto de dois pontos. Um de interrogação e outro de exclamação. Ou seja, simultaneamente, estranheza. A mescla da dúvida com a surpresa, prevalecendo esta última.

Especialmente, quando são constantes os apelos em busca de apoio, respaldo, ajuda, espaço, por parte de todos quanto estejam envolvidos com determinada atividade.

Ou seja, não dá para entender.

Ao longo de toda a semana a reportagem deste jornal buscou contatar as escolas de samba, seus presidentes, seus líderes, convidando-as para que apresentassem suas rainhas, musas, trazendo as letras de seus sambas enredo. O desejo manifesto, como resposta, era de que à noite os ensaios fossem visitados, valendo lembrar que esse é o horário de fechamento das edições e que a maioria dos ensaios inicia após 22h.

Até sexta-feira era o período de espera pelas informações, a fim de colher, sem qualquer ônus – com total gratuidade -, sempre com o sentido de colaborar com o Carnaval popular santanense, afinal de contas, propagar informações e dar conhecimento sobre atividades é uma forma positiva de mostrar o que está sendo desenvolvido nesse segmento.

Pois, houve série de novos contatos com as escolas, dentro das disponibilidades funcionais para que houvesse acesso às informações. Nada veio.

Prevaleceu, entretanto, o que pode ser qualificado como demora, muito mais do que demora em responder àquilo que se transformou em apelo, haja vista que os dias foram passando e a semana se foi.

Somente uma escola, gentilmente, trouxe suas informações, as rainhas e musas, com seu presidente visitando a sede do jornal: a União da Vila, ao passo que outra, a Bafo da Onça encaminhou, via email, suas informações. Em relação às demais, o domingo foi de intensa tentativa da reportagem visando nada mais do que obter dados para repassar aos leitores.

É possível entender que são momentos de ensaios e mais ensaios, que as preocupações são com dinheiro, a fim de finalizar todos os detalhes planejados, que são muitas as necessidades a serem satisfeitas. E é possível também compreender uma veemente negativa de um presidente de escola, inclusive pela própria profissão que exerce, afirmando que em hipótese nenhuma permitiria acesso de qualquer jornalista ao barracão de sua agremiação carnavalesca, pois ali não havia de ser feita divulgação sobre os segredos de seus carros e alegorias, mesmo ante a explicação, clara e lógica, de que não era essa a finalidade.

Está bem. Cada cabeça uma sentença.

Cabe detalhar aqui que em nenhum momento houve desejo de expor segredos. Fazer uma foto com um enquadramento objetivo de alguém trabalhando não revela segredo, mostra sim, o trabalho. Nada mais.

É de se pasmar! É. Isso inspira a reflexão de que talvez não seja esse o caminho, haja vista a não colaboração de todo da maioria das fontes de informação.

Quando chega o momento em que elas, as fontes, optam não informar – escolha essa que merece total respeito -, quando despreocupam-se em fazer chegar a informação com celeridade até a mídia, aí, sim é de se pensar que rumo precisa ser tomado, sobretudo quanto falam em profissionalismo e turismo.

Mas isso não é assunto para este período e sim para debater depois dele. Pois agora, independente de qualquer questão, fica o voto de um excelente carnaval a todos, indistintamente.

 

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.