As famílias

Embora se possa considerar apenas uma amostragem dado o universo pesquisado, não sendo estendido para o interior, é possível ter uma ideia do que passa pela cabeça dos integrantes das famílias gaúchas. Em que pese a intenção de consumo das famílias gaúchas ter apresentado uma queda de 6,6% em fevereiro, tanto em relação a janeiro quanto na comparação com o mesmo período do ano passado, há otimismo, mas num nível mais condizente com a trajetória que se desenhava nos últimos meses.
Essa é uma constatação a que chegou a Fecomércio gaúcha na pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas – ICF-RS, divulgada mensalmente em Porto Alegre e que conta, no mínimo, com 600 núcleos familiares em sua amostra.
No mês de fevereiro, o registro foi de 131,1 pontos, significando que, apesar da redução na intenção de consumo, os gaúchos permanecem bastante confiantes, bem acima da linha de indiferença situada em 100 pontos. Com o resultado de fevereiro, a média em doze meses do indicador foi para 131,6 pontos, assumindo decrescimento marginal de -0,58% em relação ao verificado no mês anterior.
A pesquisa mostrou também que o indicador que mede a segurança das famílias em relação ao emprego atual registrou 130,8 pontos, permanecendo no patamar otimista apesar de registrar queda na comparação como o mesmo período de 2013. O setor comercial demonstra otimismo até mesmo nas avaliações, apontando que mesmo com a desaceleração recente na geração de empregos no país, a conjuntura do mercado de trabalho permanece muito favorável, especialmente no Rio Grande do Sul, conforme estabelece a Fecomércio, lembrando que na Região Metropolitana de Porto Alegre, a taxa de desocupação está atualmente no menor patamar da história para o mês (2,6% em dezembro), o que favorece que o indicador fique no campo otimista.
Em fevereiro, a avaliação quanto à renda atual registrou aumento de 6,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Ainda que as remunerações médias tenham apresentado crescimento real nos últimos anos, a inflação persistentemente alta contribui para a redução da percepção da renda real. A inflação também acabou impactando no indicador referente ao nível de consumo atual que registrou queda de 6,4% frente a fevereiro de 2013.
A perspectiva de consumo, com 130,0 pontos, apresentou queda de 2,1% na comparação com fevereiro do ano passado. Dessa forma, a média em doze meses apresentou apenas um leve recuo de 0,2% com relação ao verificado no mês anterior. O patamar otimista do indicador reforça a perspectiva de continuidade no crescimento, ainda que em ritmo brando, do consumo das famílias gaúchas nos próximos meses, alicerçada na atual conjuntura do mercado de trabalho e na expansão, ainda que mais lenta, da renda e do crédito.

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