Mensura de valor

O santanense gosta de shows. Em condições normais, era para a festa Uma Noite em Cancun ter beirado por volta de 8.000 pessoas, mas vale lembrar que quantidade não significa qualidade e, não é desculpa, é constatação: todas aquelas pessoas que foram até a sede campestre do clube no sábado, a priori, não geraram alterações. Não ocorreu qualquer situação que alterasse a normalidade da convivência das pessoas.

Claro que a chuva atrapalhou muito a festa, como atrapalharia qualquer outro evento que fosse realizado. O detalhe é que existe, em Sant’Ana do Livramento, uma série de questões que precisam ser analisadas: uma delas é a companhia do não vai dar certo; outra a síndrome do não funciona.

Eventos como Cancun são potencializadores, multiplicadores, consistindo em atrativos de pessoas da região, as quais convergem para Livramento.

Há mais de 20 anos está no calendário caixeiralista e da Fronteira. E faz sugerir mais uma reflexão sobre o que a cidade quer dos eventos que custeia.

Talvez seja necessário começar a refletir um pouco mais sobre as questões de lazer e entretenimento, diante do investimento realizado pela diretoria do Caixeiral para trazer Pixote, por exemplo.

A observação é de que quanto mais investimento é realizado – e a questão da intempérie é sazonal – melhores condições tem a roda da economia local de se desenvolver, pois há geração de postos de trabalho e emprego direto e indireto de várias mãos de obra.

Existe uma forte suposição de que qualquer troca que é realizada livremente irá beneficiar ambas as partes e essa é uma lógica que precisa estar permanentemente na cabeça das pessoas, a fim de evitar malefícios para a economia de pequeno porte. Nas redes sociais, no dia do evento, muitas eram as manifestações e dúvidas que estavam sendo postadas, algumas, inclusive, com fotos e textos nada interessantes para o evento, como a foto de uma estrutura metálica de palco, prejudicada pelo vento em outro município. Se a ideia era gerar prejuízo, impedir que as pessoas fossem, fazer trolagem – como dizem os paulistas – não cabe aqui discutir ou debater. É importante, sim, aclarar que Livramento precisa ter uma nova postura em relação a propagar os eventos que realiza, utilizando condizentemente as redes sociais e as demais ferramentas existentes para valorização dos próprios eventos e da cidade, afinal de contas, esse é o preceito básico.

Que se torne a cidade conhecida pelo que faz bem feito, pelo que fala de positivo e não por outros pontos que não cabe aqui analisar.

Afinal de contas, o calendário de eventos de porte de Livramento, inicia cedo, com Cancun, além das festas tropicais de outros clubes, como Cruzeiro e Santa Rita, vindo o Carnaval logo após, seguindo-se Campereada, festivais gastronômicos e por aí vai.

O foco, entretanto, precisa ficar claro: é valorização. De todo e cada evento, da cidade e das pessoas.

Isso é desenvolvimento. O resto é queixa.

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