Não pode dar ocupado

Não pode dar ocupado e, muito menos, linha cruzada, o saldo do trabalho da CPI da Telefonia da Assembleia Legislativa, com relatório do deputado Daniel Bordignon. O parlamento constatou o óbvio para os milhares de usuários, sobretudo de telefonia móvel: cobrança indevida e má prestação de serviços, entre outros problemas, são mais rotineiros do que se podia imaginar.
O saldo do trabalho dos deputados estaduais também é prático, pois fixa para os mutirões de atendimento de reclamações por cobranças indevidas por parte das operadoras, que ocorrerão em todos os municípios onde as empresas possuam cobertura.
Na prática, essas ações começam hoje e atendem a um dos itens do Termo de Ajustamento de Conduta-TAC, assinado no dia 4 de novembro do ano passado entre o Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual com as empresas Vivo, Tim, Oi e Claro, a partir de sugestão feita pela CPI.
Está estabelecido o tempo, agora o usuário pode tentar resolver seus problemas e, se isso não acontecer, deve voltar à carga, reclamando.
Os locais onde serão realizados os mutirões em cada cidade serão amplamente divulgados pela imprensa, pelas empresas. O relatório final da CPI e o TAC sintetizam as angústias dos usuários dos serviços de telefonia móvel e fixa e apontam providências de curto e curtíssimo prazos para esses problemas; os resultados da Comissão estão sendo considerados como uma uma vitória da sociedade gaúcha.
Agora, esse documento serve como base, até porque o relatório final, apresentado em 4 de novembro de 2013, obteve aprovação unânime dos nove integrantes presentes à última reunião da CPI da Telefonia. No documento, o relator aponta as deficiências e um conjunto de providências urgentes, visando mais investimentos e melhorias na qualidade dos serviços prestados pelas operadoras, tais como compromissos para ampliação dos investimentos e da cobertura, melhoria do atendimento aos clientes, qualificação do sinal, entre outros aspectos.
Válido o trabalho, porém, insuficiente o ponto de vista, na prática, de modo a gerar soluções para as mais diversas condições, já que cada caso depende exclusivamente de um serviço ou sistema e não há um padrão específico de soluções. Afinal, parece mais que existe uma vontade incógnita em que as coisas não tenham evolução, a fim de que não exista mais investimento necessário em tecnologia, do que outro tipo de problema.
Há algumas indagações pontuais. Imagine o leitor que nas capitais é uma luta insistente o funcionamento da internet. No interior, então, onde existem diversos problemas das mais variadas ordens e grandezas, como ficam as coisas?
Se na capital é mais fácil obter, por exemplo, 3G, no interior sequer o 2G opera com um nível muito produtivo que desperte a confiabilidade dos usuários, os quais pagam um dos telefones mais caros do mundo.

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