A peso de dinheiro

A fonte é o Ministério do Turismo. Os bancos públicos nunca emprestaram tanto para o mercado de turismo. Os financiamentos liberados para as empresas do setor, em 2013, aumentaram 20,6% na comparação com o ano anterior. As operações de crédito somaram R$ 13,5 bilhões, o melhor resultado desde 2003, ano de início da série histórica monitorada pelo Ministério do Turismo.

Ou seja, somente por esses números fica muito claro que turismo se faz com dinheiro. Com muito dinheiro. Claro que uma dose de criatividade e política pública ajuda, mas essencialmente é dinheiro.

Outro dado interessante para comprovar algo que há anos vem sendo dito em Sant’Ana que se diz turística, porém, não opera nem age, por meio de seus cidadãos, como tal, dada a individualidade que continua sendo imperativa e impedimento. As operações de crédito são destinadas à compra de equipamentos, construção e reforma de empreendimentos e capital de giro. Beneficiam empresas dos segmentos de hotéis, parques, bares, restaurantes, locadoras de automóveis, agências de turismo e transportadores aéreos e rodoviários.

Que há resultados, é inegável, na indústria sem chaminés.

Os dados do Ministério do Turismo estão disponíveis na internet, basta digitar lá e clicar para verificar que há uns elementos responsáveis por eles, como os fatores como o crescimento das viagens internas e aumento do fluxo de turistas internacionais, além de investimentos realizados pelas empresas em função da Copa do Mundo. Tem razão quem afirma que ao contrário do que vem ocorrendo em outros setores da economia, no turismo a expectativa é de expansão para alguns segmentos como os de eventos, por exemplo.

Livramento está muito distante disso. Consegue ter muita coisas, entre as quais, ideias boas, mas, na prática, “não rola”, como dizem os jovens.

A Caixa Econômica Federal foi a instituição financeira que liberou o maior volume de financiamentos, cerca de R$ 7,16 bilhões ou 53% do total. O Banco do Brasil foi o segundo mais demandado com 31,7% das operações equivalentes a R$ 4,28 bilhões. O BNDES aparece com mais R$ 908,6 milhões e os Bancos do Nordeste e da Amazônia com R$ 725,7 milhões e R$ 420,8 milhões, respectivamente.

Os valores dos financiamentos vêm crescendo ano a ano. Passaram de cerca de R$ 1 bilhão (2003), para R$ 11,2 bilhões (2012), até alcançar R$ 13,5 bilhões (2013), o que representa um crescimento de 1.134%. O acumulado é de R$ 53,3 bilhões em onze anos.

É dinheiro.

E turismo, claro, se faz com dinheiro.

Claro que criatividade, ideias, projetos, sonhos e outros elementos, tangíveis e intangíveis estão inseridos no contexto, porém, é preciso fazer a base.

No caso de Livramento, ainda não está feita essa situação.

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