“Vir ao Senado debater o CNJ ele não quer, mas para falar de aumento do Judiciário ele vem. Ou seja: aonde o corporativismo vai, a toga vai atrás”. Senador Demóstenes Torres (DEM-GO) criticando o presidente do STF, César Peluso

QUEM ACREDITOU NO PT?

Quando o PT prometeu apoiar a deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) em sua candidatura à Prefeitura de Porto Alegre em 2012, em troca de seu apoio a Tarso Genro na disputa do Piratini, alguns ingênuos em política acreditaram.

Sequer acionaram uma lógica primária a respeito do PT. Por que o PT abriria mão de uma candidatura majoritária na eleição municipal de 2012 se ele sempre foi um partido poderoso em Porto Alegre e já ocupara a Prefeitura por quatro vezes?

Por diversas vezes este espaço foi ocupado com uma certeza: o PT jamais cederia a cabeça da chapa majoritária na eleição da capital gaúcha, mesmo que a tivesse prometido para a jovem deputada Manuela D’Àvila com juras peremptórias de uma palavra empenhada em 2010.

Eis que agora o velho PT sai da timidez, deixa a encabulada promessa ir para o ralo e apresenta-se de baioneta calada para mais uma eleição com candidatura própria. O PT tem pelo menos quatro candidatos para a sucessão de José Fortunatti: Os deputados Raul Pont (estadual), Henrique Fontana e Maria do Rosário (ambos federais e Rosário ainda é ministra de Dilma Rousseff) e o vereador Adeli Sell.

Por que, então, o PT iria apoiar José Fortunatti (buscando a reeleição) ou Manuela D’Ávila, aceitando apresentar um nome para vice-prefeito? Por causa da promessa feita em 2010 para Manuela? Ora, a dinâmica da política é proporcional à quebra de compromissos e estes, em tempos eleitorais, têm prazo de validade. 

Novos fatos fazem envelhecer promessas antigas. Com tantos candidatos, todos potencialmente com chances de eleição, por que o PT iria se submeter a ser coadjuvante numa eleição em Porto Alegre onde o partido sempre foi uma estrela de primeira grandeza?

FALA ROSÁRIO

Maria do Rosário que sempre sonhou em ser prefeita de Porto Alegre vai disputar a prévia do PT municipal como candidata. Seu argumento: “Mais do que nomes, temos identidade com o povo desta cidade”.

ENTENDIMENTO

Para o PT, entendimento com outros partidos será aceito, desde que o partido tenha a preferência na candidatura majoritária á Prefeitura.

TRAIÇÃO EXPLÍCITA (1)

Quem está na fritura para ser torrada é a senadora Marta Suplicy que estava se achando a candidata preferida do PT à Prefeitura de São Paulo. O ex-presidente Lula já disse que o seu candidato é o ministro da Educação, Fernando Haddad, mesmo que Marta Suplicy tenha a preferência do eleitorado em todas as pesquisas realizadas até agora.

TRAIÇÃO EXPLÍCITA (2)

Lula acredita que continua sendo o Midas da política – em tudo o que toca, torna-se um vencedor em eleições, como fez com Dilma Rousseff. Se alguém em São Paulo tem direito adquirido para disputar a próxima eleição, esse alguém é Marta Suplicy.

TRAIÇÃO EXPLÍCITA (3)

O ex-presidente Lula em meados dos anos 80 do século passado ainda era um inexperiente político com prestígio apenas no meio sindical e Marta Suplicy já trabalhava no meio intelectual e da elite paulista para “vender” a imagem do metalúrgico barbudo.

TRAIÇÃO EXPLÍCITA (4)

Marta Suplicy ainda aposta na possibilidade de uma prévia no PT, mas Lula não quer saber disso, Ele sabe que para o PT recuperar a prefeitura de São Paulo só com Marta Suplicy. Se Fernando Haddad sair candidato vai precisar do apoio de Marta. O mais sensato é não magoá-la.

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