ROLEZINHOS NA MIRA DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff já está preocupada com os jovens que praticam rolezinhos no interior dos shoppings de todo o Brasil. É dela a decisão de monitorar esses movimentos e a incumbência será da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que irá operar em duas frentes: acompanhamento pelas redes sociais e pela infiltração de agentes disfarçados. Dilma chegou a conclusão que os rolezinhos precisam desse acompanhamento para que não descambem para demonstrações de cunho político e partidário.
Os integrantes do chamado círculo do poder, orientados por Dilma Rousseff, já sabem que o ministro Gilberto Carvalho, da secretaria-geral da Presidência, vai se encarregar de atender a todos os líderes dos rolezinhos e também orientar prefeitos e governadores para que evitem o uso de violência, a não ser em último caso como em casos de provocações explícitas contra as autoridades policiais..
A informação do colunista brasiliense Leandro Mazzini diz que é justamente um eventual confronto que preocupa a presidente Dilma. Ela teme duas situações que podem ser iminentes: a infiltração de militantes políticos da oposição (ao governo federal ou aos governos estaduais) e um episódio violento de confronto entre policiais e jovens, que pode desencadear um efeito dominó em todo o País, às vésperas do Carnaval.
“Se a coisa cresce, chega às portas dos estádios durante a Copa. Dilma quer evitar uma nova versão das manifestações de Junho passado, quando milhares de pessoas foram às ruas, por protestos diversos, mas principalmente movidas pelas redes sociais”, informou Mazzini.

Por enquanto, os resultados dos rolezinhos são mais de efeito colateral como os prejuízos que estão dando aos shoppings, não por arrastões provocados, mas pelo fechamento de diversos deles e afetando o faturamento dos lojistas.

CAUTELA (1)

O Shopping Leblon, considerado um centro de compras classe A na zona sul carioca, não abriu as portas neste domingo. O fechamento foi anunciado depois que uma decisão judicial permitiu a realização de evento chamado rolezinho no local. Previsto para o fim do último domingo, tinha a presença confirmada de cerca de 9 mil pessoas.

CAUTELA (2)
A administração do Leblon informou que a decisão de fechar as portas foi tomada para “garantir a integridade de seus clientes, lojistas e colaboradores”, após “tomar conhecimento da mobilização de evento para milhares de pessoas”.

OPINIÕES (1)

Cuidado com as opiniões definitivas de antropólogos e sociólogos que enxergam nos rolezinhos uma insatisfação contra a sociedade de consumo. Os praticantes dos rolezinhos são, acima de tudo, consumidores vorazes de marcas de grifes. São apenas desordeiros que se reúnem através das redes sociais para a prática da molecagem do susto.

OPINIÕES (2)

Há os que defendem a tese sobre a “revolta” dos rolezeiros que na falta de áreas de lazer vão em busca de protestos nos shoppings. Os shoppings brasileiros se tornaram ao longo de sua existência nos maiores centros de lazer do país. Seguros e com todas as ofertas de divertimento e consumo são democraticamente freqüentados por quem quiser, até mesmo para os que gostam de caminhadas com segurança e longe dos parques.

FRACASSOU

O rolezinho marcado para o último domingo, no Shopping Moinhos, em Porto Alegre, fracassou completamente. Dois grupos de manifestantes – dez pessoas em cada um – fizeram barulho, dançaram e se esforçaram para ser notícia. Tinha mais jornalista que rolezeiros.

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