Ano azul

A frase que mais se ouve no período da virada e certamente, neste 2014, não foi diferente: “Ano novo, vida nova”. Lema de Réveillon, é repetido todos os anos por diversos brasileiros, mas um dos grandes desafios é equilibrar as contas e gastos para não passar o ano novo no vermelho ou somente pagando contas.
Um detalhe é interessante, pois sabida e notoriamente as pessoas gastam mais do que ganham. Ponto pacífico. Geram dívidas para adquirir aquilo que precisam e/ou desejam, entretanto acabam por entrar em um estado financeiro completamente diferente do desejável quando exageram.
A condição de endividamento do ano passado não mudou em um passe de mágica. O principal elemento é ingressar e manter o ano no azul. Qualquer referencial de administração financeira pessoal deixa claro: é fundamental renegociar e efetivamente pagar as contas, pois assim as taxas de juros e os parcelamentos podem ser menores do que vem sendo cobrado. Além disso, a pessoa vai mostrar ao banco que está interessado em pagar a dívida. Mas se isso não for possível, só vale a pena pedir empréstimo para quitar dívidas se os juros forem baixos, pois o bom é aproveitar as diversas opções apresentadas pelas financeiras ou a renegociação da dívida com o abatimento das taxas de juros, e só assim é possível garantir a retirada do nome dos cadastros de inadimplência. Ainda assim, é importante que a pessoa tenha em mente que não deve se endividar de novo.
Corre o mês de janeiro, mês que já se encaminha para findar, mas observe o leitor que o primeiro trimestre do ano é tempo de pagar os impostos como IPTU, IPVA e para quem tem filhos ou estuda é também época de matrícula e material escolar. Quem tem dinheiro, precisa entender que o mais vantajoso é pagar à vista pelo desconto que os impostos apresentam, caso contrário o negócio é parcelar em cotas que possam caber dentro do orçamento.
Em 2014, para manter a conta no positivo, recomenda-se poupar 5% a 10% do salário por mês. É importante não cair na tentação de fazer empréstimos desnecessários ou pedir um limite maior no cheque especial, e evitar a tentação das compras por impulso.
De acordo com levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), a caderneta de poupança continua sendo uma aplicação mais interessante do que a maioria dos fundos de investimento. Isso acontece porque a caderneta de poupança tem seu ganho garantido por lei e não sofre qualquer tributação, ao contrário de rendimentos dos fundos de renda fixa que têm tributação de Imposto de Renda.
Antes de mais nada, é preciso colocar receitas e despesas no papel e levá-las controladas na ponta do lápis.
Ano novo e ano azul podem, sim, ser sinônimos.
Depende da estratégia que o cidadão adote.

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