BBB NA TELINHA

Juro pela vida dos meus dois cachorros – Bob Esponja e Bobinho, dois poodles marrons, ambos com paternidade duvidosa, mas com um amor dedicado a mim que é impossível de tentar compará-lo a qualquer sentimento humano – que jamais consegui ver mais do que cinco minutos desse entretenimento chamado de BBB.

Mas por absoluta necessidade de constatar o que se diz sobre esse programa que contraria toda a filosofia do tal padrão de qualidade da Globo, dei zapeadas na edição de número 14, cujos direitos são de uma produtora holandesa (Endemol) e que são vendidos para diversos países do mundo. Me parece que na Argentina é conhecido como “Grande Hermano”

Certa vez perguntaram ao deputado Ulysses Guimarães como ele esperava a eleição do novo Congresso e qual a sua previsão para as duas casas parlamentares? “Pior do que a atual”, respondeu o velho líder peemedebista. Com o BBB, vale a comparação. A edição 14 é pior do que a 13 e a 15 será ainda mais lamentável.

No entanto, vale dizer que assiste quem quer ver o previsível: baixarias, boçalidade explícita, pornografia visual sexual e verdadeiras aulas de analfabetismo funcional. A Globo quando escolhe os participantes do BBB sabe com quem vai lidar.

O programa é o que todos esperam dele. Ele é feito para – segundo o Ibope – classes C e D. Classe A, no conceito ibopeano, vai para os canais pagos, já que a tevê aberta, cada vez mais, faz programas para quem não pode ter canais diferenciados oferecidos por operadoras do setor.

A revista Veja em sua página na internet, faz a seguinte crítica: “Se antes mesmo de os brothers entrarem na casa do BBB14, na última terça-feira, já deixaram do lado de fora um rastro de babaquices ditas pelas redes sociais, não poderia ser diferente quando começasse o confinamento. Bastou juntar tantas mentes ociosas em um mesmo local – mais uma vez – para começar a coleção de pérolas na casa.”

E sejamos honestos: quem entra para o BBB vai apenas em busca de luzes, na ânsia de se tornar uma “celebridade” nacional. Qualquer um dos participantes quando pode, fala “bom dia ou boa noite Brasiiil!” Eles estão errados? Obviamente que não. A audiência deles é nacional e todos estão ali pelo prêmio milionário.

Nenhum deles pensa em disputar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, não é mesmo?

O PENSAMENTO BBB
‘Não adianta pagar de pá, se só existe conversa fiada. Minha filha tem ‘uns bagulho’ de olhar além” (Valter, o rapper paulista)
“A gente não tá aqui só pela nossa aparência. É pela nossa história, velho.” (Rodrigo, sobre sua contribuição para a humanidade)
.“Um gentlemin.” (Amanda, sobre Junior, que a ajudou com a mala na chegada)
“Já tem quem eu gosto e quem não gosto. Por quê? Fez atos que não é coerente (sic), tá ligado?” (João, sobre suas preferências na casa.)
“Não sou brasileiro, sou gaúcho.” (Cássio, defendendo o bairrismo e o Rio Grande do Sul)
“Será que as pessoas ‘faz’ isso mesmo, ‘compra’ (sic)? Tem mais o que fazer, não, que ficar vendo umas conversa ‘troncha’?” (Bella, sobre quem paga o pay-per-view para assistir o programa 24 horas.)
“Fiquei meio pá, meio pum, com essa touca.” (Junior, avaliando seu próprio visual).

“Ele estava com medo de ser estrupado pela miss (sic).” (Princy, assassinando o português ao se referir a Alisson e Tatiele Polyana)

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