Agora é pagar as contas

Dezembro se foi. O ano novo chegou, janeiro vai correndo, começa aquela sensação de que está ocorrendo tudo de novo. 

Por uma questão de lógica, fica evidente que a tendência de consumo seja aumentada, sobretudo em função do período festivo. Isso deverá ser comprovado em números até fevereiro. Enquanto o comércio da Fronteira começa a trabalhar suas ofertas e promoções pertinentes ao período, com os saldões, liquidações pós Réveillon, há uma parcela de cidadãos que procura os rumos para manter sua condição de adimplência, haja vista os naturais gastos pertinentes às festas.

A ideia central é estimular os cidadãos a reduzirem a incidência de endividamento até para que tenham condições de ingressar no ano vindouro dentro de um parâmetro aceitável em termos de comprometimento de recursos. Isso, para que se mantenha a atual condição favorável.

Mesmo com a alta dos juros bancários, os brasileiros continuam pagando suas contas em dia ou buscando quitar seus débitos em atraso. Segundo números divulgados pelo Banco Central, a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nas operações com “recursos livres”, somou 7,9% em dezembro de 2013.

Este é um patamar preocupante, uma vez que desde junho de 2011 – quando a inadimplência somou 6,7% não chegava a número percentual tão alto. A taxa de inadimplência do BC capta operações de crédito com atrasos superiores a 90 dias nos pagamentos.

No acumulado de 2013, a inadimplência recuou 1,2 percentual, visto que estava em 8% no fechamento do ano passado. As operações com recursos livres excluem o crédito habitacional, os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o crédito rural.

Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas, ainda no segmento com “recursos livres”, somou 3,4% em outubro deste ano – mesmo patamar de agosto. Para estas operações, trata-se da menor taxa desde setembro de 2011 (3,3%).

Considerando a taxa total de inadimplência, o que engloba operações com as pessoas físicas e empresas, ainda nas operações com “recursos livres” (desconsiderando crédito habitacional, rural e operações do BNDES), houve queda de 0,1 ponto percentual em outubro, para 5%. É o menor valor desde junho de 2011 (4,94%).

Vale lembrar que a autoridade monetária mudou, em 2013, o formato de registro dos dados de inadimplência e, ao mesmo tempo, também desativou a série histórica que vigorava anteriormente. A instituição ainda não divulgou a nova série para os dados, que tem início em março de 2011.

Diante dessa realidade nacional, é interessante que o consumidor procure uma das mais antigas armas: informação, a fim de reduzir qualquer endividamento que comprometa o início de ano, pois desta primeira quinzena de janeiro já vencida, passando para fevereiro, a circulação de dinheiro reduz sensivelmente e, salvo melhor juízo, é a hora de pagar contas, pelo menos até abril, quando também o brasileiro finda o pagamento dos tributos.

Economizar é a palavra de ordem.

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