RPM ou RPC?
Nos anos 1980, uma banda de rock brasileira, chamada RPM fazia sucesso com uma série de músicas com frases muito populares (para a época, claro). RPM é a sigla de Rotações por Minuto. Os integrantes da banda, em vários momentos, chegavam a estabelecer como nome RPM de Revoluções por Minuto, num progressista entendimento de que revoluções (em seus muitos setores, segmentos e áreas) ocorreriam a cada minuto. Claro, tudo isso em livre interpretação.
O RPM tinha razão!
Mesmo não sabendo. Hoje, a internet permitiu uma revolução, ou uma série de revoluções, não por minuto. Por segundo. Por centésimo de segundo. Teria, hoje que mudar o nome da banda para RPC – Revoluções por Centésimo de segundo.
Ou RPCS…
Vá saber!
Os brasileiros que participam de redes sociais, advogam algumas teses, talvez estejam mais unidos do que nunca, pelo menos nesse mundo digital.
As revoluções de pensamento demoram muito, mas ao mesmo tempo são rápidas quando ocorrem. Ou seja, custam a se realizar, mas são céleres em seu desenvolvimento, prova disso são os eventos de jujunho/julho de 2013, mas são poucos desses eventos planejados que têm sucesso, embora sirvam como lição e demonstrem a força que uma comunidade, uma sociedade, especialmente se for organizada pode ter.
Antigamente, para montar uma revolução era preciso ideologia, estratégia e toda uma série de elementos. Hoje, basta um clique no mouse ou um toque na tela touchscreen do celular, acessando uma rede social. Claro, reservadas as proporções e preservadas as características de cada movimento, fica óbvio que não são eles links os utilitários específicos para impor vontades segmentais.
Óbvio, ainda tem muita gente que só curte! Não participa, mas curte e compartilha tão somente.
A revolução existe, é um fato, mas precisa de protagonistas, reais, palpáveis, também. O início é e pode ser pelo mundo virtual, mas a finalidade precisa ser a mudança de estado de coisas do mundo real. Essa é a lógica.
Uma outra lógica é a de que não existe revolução de um só. É essencial gente e pensamento para revolucionar. As duas coisas, preferencialmente em uníssono…
As revoluções, sem armamento bélico, sem mortes, estão acontecendo, algumas de forma mais lenta, outras de modo mais acelerado.
Mas acontecem. São as RPCs, se assim houver entendimento de chamá-las.
Partem das redes sociais e se efetivam na realidade carnal do ser humano.
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