1º Match internacional na disputa do supercampeão de xadrez na Fronteira

Ao ritmo de duas horas – a sala vip cônsul argentino Alfredo Sanchez do Bobby Fischer Xadrez Clube deu início, na noite desta última quinta-feira, dia 29 de setembro, à disputa entre Tiago Braz e o fenômeno e heptacampeão de Rivera, Diego Pelaez, o match que irá unificar os títulos – santanense e riverense de xadrez absoluto. E, como já era esperado, o Imperador Braz, como passou a ser chamado o antigo menino prodígio, mostrou-se mais sólido e, através de um jogo bem calculado, impôs muitas dificuldades ao seu adversário, que quase o levou à lona já no início de partida. Transcorridas quase duas horas de muita análise, a vida para Tiago estava, como sempre, muito fácil e a vitória era uma questão de tempo.

Diego, no fim de jogo, ficou praticamente sem ação – e sem tempo, uma vez que estava com dois peões dobrados, sem duas qualidades, com o Rei totalmente exposto aos ferozes e mortais ataques de Tiago.

Mas Diego estava decidido. Quando começou a dar xeque não parou mais. Quando o desfecho indicava que seria uma partida empatada por repetição de lances – o fenômeno corajosamente parou de dar xeque e afrouxou o nó da gravata para que Tiago respirasse. O imperador finalmente viu a possibilidade de passar o tal Peão e rumar à coroação. Uma tática arriscada de Diego. Ao invés de se preocupar com a promoção do adversário, Pelaez optou por cercar o Rei adversário com o seu próprio monarca. Era o tempo que necessitava, pois, enquanto Tiago fazia jogada evasiva avançando seu Peão para casa b1, onde o promoveria a Dama – Diego se aproximava do objetivo. Quando finalmente Tiago fez menção de coroar sua peça, passou a ouvir em sua mente uma espécie de marcha fúnebre, cuja letra soou bem forte: “Xeque-Mate!”. Esta foi uma das maiores partidas já disputadas no BFXC e rendeu um valioso ponto de vantagem para Diego rumo à unificação dos títulos do maior enxadrista do ano na Fronteira.

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