‘Espero que a Secretaria de Educação informe o custo disso”. Deputado Jorge Pozzobom (PSDB) sobre o jornal da SEC contendo promoção pessoal

IMPLICÂNCIA FEMINISTA

A modelo Gisele Bündchen sempre que aparece nos meios de comunicação provoca os instintos mais primitivos no meio da companheirada que não aceita o sucesso da gaúcha que conquistou o mundo pelos seus méritos profissionais. Rica, bonita, celebridade mundial Gisele não é, definitivamente, um modelo de “mulher engajada na luta pelas minorias oprimidas”.

Gisele não está nessa luta talvez por que sua identificação seja com uma sociedade moderna, de consumo, de independência financeira e tenha se transformado numa legítima self made woman que não depende de favores para empregos e para se afirmar como porta-voz de alguma ONG.

Quem sabe por isso mesmo é que a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) tenha investido contra o comercial onde Gisele faz uma personagem que para contar que bateu com o carro apresenta-se para o marido com uma peça íntima sedutora. 

Foi o suficiente para a SPM pedir a suspensão da campanha publicitária da Hope, fabricante de roupas íntimas, a qual, no entendimento oficial, tratava-se de uma mensagem ofensiva às mulheres.

O surpreendente na atitude censora da SPM é que não se viu qualquer manifestação em defesa da dignidade da mulher quando a deputada federal Jaqueline Roriz é flagrada pegando dinheiro sujo para sua campanha eleitoral ou quando sua colega Ana Arraes ganha um cargo vitalício no TCU apenas por ser mãe de do governador Eduardo Campos.

Responda aí, senhora leitora desta coluna: O que é mais aviltante para uma mulher? Usar seu poder de sedução na intimidade do quarto do casal; ser flagrada metendo a mão no dinheiro do povo, ou ganhar um cargo no TCU por causa do filho?

Ser mulher objeto é uma ofensa que para a SPM tem variantes não do ponto de vista da defesa da integridade feminina, mas por um olhar com fortes conotações ideológicas para não dizer estéticas.

Gisele Bündchen é bem diferente das mulheres que todos os dias a televisão nos mostra vendendo cervejas com a bunda, fazendo sexo na novela das nove, promovendo favores em postos oficiais importantes, enfiando dinheiro sujo nas bolsas Louis Vitton e assumindo cargos em tribunais de contas pela condição materna.

Pela forma como a Secretaria de Políticas para as Mulheres tratou o caso da calcinha de seda de Gisele Bündchen, o comercial da Hope deveria mostrar a nossa top model de burca, ou de calcanhar sujo e pernas cabeludas, gritando com o marido e dizendo-lhe: “Bati com o carro. Vai encarar? Te encho de porrada com qualquer bronca.” Isso é ser mulher, pela atual conjuntura do feminismo chapa branca.

Está fazendo falta às lideranças feministas uma leitura do aforismo criado por Millor Fernandes que disse, certa vez, quando Betty Friedman veio ao Brasil pregar a queima de sutiãs pela liberdade feminina; “O melhor movimento feminista que conheço é o movimento dos quadris”.

Menos rigor na ideologia feminista, gente! Primeiro por que Gisele Bündchen deveria ser uma referência de alguém que venceu por conta própria. Segundo por que feminismo está fora de moda. E nada pior do que uma mulher desatualizada nas idéias e no visual.

QUEM CONDENA

Não será mera coincidência se mulheres esquerdistas concordarem com a censura ao comercial estrelado por Gisele Bündchen. Há mulheres dessa corrente de pensamento que peça íntima é sinônimo de cueca com dólares.

PSD A MIL

É tanto o otimismo dos dirigentes do novo PSD que a bancada federal continua crescendo. Os 50 deputados acertados com a nova sigla poderá ganhar novas adesões no próximo fim de semana.

O PERIGO

Como partido já está legalizado, quem aderiu ao PSD precisará mostrar que o seu pedido de desfiliação tem data anterior à da concessão do registro do TSE. Data posterior poderá resultar em pedido de impugnação por parte do partido que perdeu algum parlamentar.

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