Recorrência
Ontem, foi abordada a questão da intensidade do calor neste pré-início do verão e os cheiros verificáveis em todos os pontos da cidade. Os assuntos que têm sido recorrentes na Livramento do fim de 2013 apontam para muitos temas que são recorrentes, situações que há, no mínimo 10 anos, vem constantemente, sendo – em oscilações de maior e menor escala – sendo debatidas, conversadas, constatadas e teorizadas pelas pessoas.
Os problemas são os mesmos, as explicações variam, as soluções, demoram muito mais do que desejam os cidadãos. Há, claro, novos problemas, novas situações que estão surgindo como, mais recentemente, as constantes interrupções no abastecimento de água em localidades onde, historicamente, não havia falta do precioso líquido.
Buracos pelas ruas que pelo tráfego constante de veículos pesados, entre outros motivos, surgem e se alargam, como nas imediações do depósito de veículos, na conhecida subida do Planalto. Claro que aqui são apenas dois exemplos citados, mas podem ser acrescidos outros, como as questões ambientais, seja do lixo espalhado pela cidade, das árvores cujas raízes erguem calçadas e trechos de ruas; os terrenos baldios que são usados como depósitos de lixo; a falta de estrutura moderna em alguns segmentos, como o Batuva e a Chácara da Prefeitura; as questões do transporte coletivo e da mobilidade urbana; o alto fluxo de veículos nas já pequenas vias que carecem de áreas de estacionamento. E, por aí vai.
Os problemas se avolumam, seja em função das tentativas ou dos paliativos que vem sendo utilizados – e, perceba o leitor, os gestores que se sucederam nas escalas de poder buscaram, a seu modo (como fazem os que atualmente as ocupam) solucionar, prover novas possibilidades. Entretanto, gira a roda do cotidiano e as tecnologias que funcionavam no passado recente, talvez, hoje, sejam insuficientes para eliminar os problemas cruciais. Aí, efetivamente está o ponto.
O fato, uno, efetivo é que os problemas são conhecidos, ao mesmo tempo em que uma significativa fração das pessoas tem sua solução – nem sempre tão aplicável quanto é possível pensar ou quanto as pessoas pensam.
Os gestores precisam aperfeiçoamento, assim como o sistema requer um novo modo de operações, baseado na celeridade no provimento de soluções. É uma questão estrutural e passa, necessariamente pelo fim da compreensão política que marca presença, em detrimento muitas vezes da compreensão operacional.
A crítica – manifesta de forma efetiva por parte de quem paga pelo serviço e muitas vezes não o recebe (ou não o recebe com a qualidade que deveria ser peculiar) – precisa ser compreendida como uma forma de alavancar soluções e não dentro do ponto de vista personalista, pessoal. Uma manifestação crítica é, por óbvio, ao pedir soluções efetivas, concretas, práticas, que estejam além do campo do planejamento e da teoria, o desejo de que a coisa ocorra como precisa ocorrer, tão somente.