Economia na mesma

O Brasileiro não ousa. Continua sendo, como afirmam os especialistas, conservador, no que tange a dinheiro. Aprendeu com as lições dos anos 80, de inflação tremendamente alta. Dentre quatro aplicações consideradas pelos especialistas (títulos de renda fixa, títulos do Tesouro, ações e poupança), os analistas sugerem que a poupança seja utilizada para quem vai retirar o dinheiro em até seis meses, os títulos do Tesouro para investimento de até dois anos e as ações para investimentos de longo prazo (cerca de 20 anos), como a aposentadoria, pois o alto tempo do investimento dilui o risco da aplicação.
Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), nos últimos 12 meses, terminados em setembro, a rentabilidade bruta (sem desconto do Imposto de Renda) dos títulos de renda fixa foi de, em média, 11,85%. As ações do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) renderam, no mesmo período, 14,2% e os títulos do Tesouro Direto tiveram rendimento médio de 18,27% (IMA geral até outubro). A poupança teve a rentabilidade menor, de 6,70%, mas não exige o pagamento de Imposto de Renda (IR).
Para os próximos meses, a expectativa é que a taxa básica de juros permaneça como está, ou seja, não haverá aumento nas remunerações e o Copom poderá aumentar somente em termos de meio ponto percentual. Como os fundos de renda fixa e a poupança são atrelados à Selic, eles devem registrar uma remuneração semelhante com a conseguida neste ano que está findando. Os títulos do Tesouro atrelados à Selic também devem ter uma remuneração parecida com a conseguida em 2013.
Por isso, chegando lá, em dezembro de 2014, não deverá ser tão significativo em retorno financeiro a partir dos juros. Pelo menos é o prognóstico de agora, cerca de um ano antes. O mesmo prognóstico se aplica às ações atreladas ao Ibovespa, que devem continuar com o mesmo rendimento desse ano, sem altas expressivas por causa da crise financeira internacional, conforme a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Para quem pretende usar o dinheiro obtido em investimentos de até seis meses, os analistas afirmam que a poupança ainda é a melhor opção. De fato, poupança é histórica, mesmo rendendo zero vírgula alguma coisa por cento e, por isso, o melhor é não arriscar. É importante optar por investimentos conversadores, de preferência aqueles nos quais não há cobrança de IR, como a poupança, e que podem ser retirados a qualquer momento, segundo aconselham os economistas.
De qualquer forma, em 2014 – se tudo correr da forma como apontam os analistas – as correções de investimentos deverão manter o mesmo perfil deste ano.

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