Livramento ganha três novos parques eólicos

Rio Grande do Sul bateu recorde e garantiu R$ 1,5 bilhão em investimentos

Após o leilão ocorrido ontem, Sant’Ana do Livramento passará a contar com um contrato de mais de 48 MW. A fonte eólica dominou o leilão de energia A-3, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), sendo a única fonte a vender energia na competição, elevando o número de novos projetos eólicos contratados em leilões públicos em 2013 para cerca de 2,4 gigawatts (GW) de capacidade a ser instalada.

No leilão A-3, que contratou energia a ser entregue a partir de 2016, a energia eólica vendeu 867,6 megawatts (MW) de capacidade instalada de energia, com 19 projetos, sendo que já tinha viabilizado a construção de outros 1.505 megawatts (MW) de energia em leilão de reserva realizado em agosto. O leilão realizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) durou menos de 30 minutos, sendo que usinas solares, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e térmicas a biomassa também estavam habilitadas para participação. As usinas eólicas que venderam energia no leilão devem demandar investimentos de 3,4 bilhões de reais, segundo estimativas do governo.

Governador Tarso Genro e Ronaldo Custório

O preço-médio de venda da energia foi de 124,43 reais por megawatt-hora, um deságio de 1,25 por cento frente ao preço máximo estabelecido no certame, de 126 reais por MWh. O preço mais baixo de energia vendido no leilão foi de 118 reais por MWh, de um parque na Bahia. Já o mais alto, foi de 126 reais por MWh, referente a três projetos no Rio Grande do Sul, sendo um deles em Livramento.

A expansão da geração eólica a partir dos incentivos do Governo atraiu gigantes mundiais para o Estado. A francesa Alstom investiu R$ 30 milhões em uma fábrica de torres metálicas para aerogeradores, em Canoas, com produção anual de 120 torres e geração de 90 empregos diretos. A japonesa Honda escolheu Xangrilá para implantar o seu primeiro parque eólico no mundo, destinado a suprir 100% da energia de uma planta fabril. Livramento passará a contar, a partir de 2016, com mais três parques eólicos. 

 

Opiniões quanto ao leilão 

Tarso Genro: “Nossas ações na área de energias renováveis dão resultados acima do esperado”, comemorou o governador, lembrando que os parques envolvem diferentes municípios, como Santa Vitória do Palmar, Rio Grande e Livramento.

Mauro Knijnik, Secretário de desenvolvimento e promoção do Investimento: ”O desempenho dos projetos gaúchos comprova o acerto de nossa Política Industrial, que tem a energia eólica como um dos 23 setores estratégicos. Além disso, significa mais geração limpa no Estado”, declarou.

Marco Franceschi, “É a consagração da Política Industrial gaúcha, coordenada pela SDPI e articulada com a cadeia produtiva do setor, desde os operadores dos parques até os fabricantes de equipamentos para a geração eólica”, ressaltou o diretor de Infraestrutura e Energia da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI).

Ronaldo Custódio, diretor de energia da eletrosul, em entrevista à RCC FM, ontem, comemorou o leilão. “Serão instaladas mais 24 torres de 1,7 MW. Um dos projetos ficará nos Galpões de 8 MW e depois no Capão do Inglês, que vai em direção do Coxilhas Negras, mais 10MW e depois no Coxilhas Secas mais 30MW. Tudo na sequência de Cerro Chato. O valor da tarifa máxima do leilão foi de R$ 126 MW/hora, tarifa boa para o projeto, e foi o valor que fechamos no leilão. Mais uns dois anos de obras no Parque Eólico, por enquanto sem prazo para inícios de obras. A maior preocupação é a viabilização da transmissão o mais rápido possível. Acredito que, no início do ano que vem, iremos a Livramento para apresentar a obra para a população e para os representantes do município”, declarou Custódio.

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